terça-feira, 13 de abril de 2010

Com Aliados Destes, Adeus Ó Escola Pública

Há realidades tão evidentes que não carecem de demonstração. Entram-nos pelos olhos dentro. Não há nenhum português que não se tenha apercebido de duas evidências:
1 - Que a escola pública não responde, nem de longe nem de perto, às exigências do mundo actual: tem horror à competição, aliás, vive num mundo virtual em que não tem de competir pelos seus alunos, não aceita bem a diferenciação pelo mérito, nivela por baixo, não garante nem valoriza os aspectos ligados à disciplina e segurança, enfim é uma espécie de balde institucional onde depositamos as nossas crianças e jovens e... fé em Deus.
2 - Que, nos últimos anos e ao contrário do que diz este palrador qualificado em assuntos educativos, a escola pública tem perdido a olhos vistos população estudantil (crianças e jovens em idade escolar) para a escola privada.

Não precisamos de ler os jornais (seja do sindicato dos professores, seja outro qualquer) nem confirmar nas estatísticas do ME uma realidade que só não vê quem não quer.

Basta perguntarmos aos políticos em que colégios estão os seus filhos.
Basta perguntarmos a todos os que têm liberdade para escolher onde colocaram os seus filhos.
Basta fazermos esta pergunta aos portugueses - dos mais pobres aos mais ricos:
Se pudesse escolher a escola do seu filho, optava por uma escola pública ou por uma privada?
Por isso, não precisamos de estudos profundos nem estatísticas credíveis.
Mas, se quisermos olhar para as estatísticas oficiais, devemos fazê-lo sem as palas ideológicas que estão na origem do descrédito da escola pública. Para que nenhuma balela ideológica possa velar a realidade que nos rodeia e para desmistificarmos os intrujões da nossa praça.

Não quero com estas estatísticas oficiais demonstrar que o palrador qualificado aqui do lado, afinal, não sabe do que fala ou que os antolhos o impedem de ver. Nada disso. Até porque a sua capacidade de análise da realidade está patente nesta pérola:

Face a um inimigo astuto, ignóbil e sem escrúpulos, os professores foram obrigados a relevar divisões ideológicas profundas... A bandeira que serviu para forjar essa unidade foi a defesa da Escola Pública.

Quero apenas reafirmar o seguinte: foram sempre os pregadores qualificados em ciências da educação e os maiores "defensores" ideológicos da escola pública que a trouxeram até ao sítio em que hoje está: uma instituição pouco credível, com resultados escolares lastimosos e a que recorrem, sobretudo, os que não têm capacidade de escolha.

Reitor

1 comentário:

  1. Todos os trabalhadores devem ser remunerados pelo seu trabalho, por não existir este respeito por parte das entidades/instituições, que ficam meses e meses sem pagar aos que leccionam AEC'S, venho pedir a vossa ajuda, união e compreensão para mudar esta situação.

    Só pedimos que assinem, não custa nada.


    http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1889

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