Aylan, mesmo tendo tu nascido do lado errado do mundo, e teres morrido antes sequer de o perceber, quero agradecer-te. Não porque agora vamos encontrar já a solução que procuramos, e que deve envolver os dois lados do Mediterrâneo – mas apenas porque depois de todas as primeiras páginas, de todas as partilhas nas redes sociais, o egoísmo e o medo que alimentam os populismos europeus estão desde agora confrontados com a iniludível realidade. Ninguém pode agora dizer que desconhece.Este menino dorme num colo de areia
Aquelas mãos eram como as mãos do meu filho quando tinha apenas 3 anos. Aqueles pés, eram como os pés do meu filho com aquela idade. E eu, sempre que podia, mordiscava-os e beijava-os naquela terna ânsia que cada mãe tem de trincar cada filho com um amor incomensurável para o obrigar a crescer devagarinho.
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