Neste excelente artigo de opinião, Rui Moreira (RM) acerta na mouche. De facto e como já aqui disse, este prémio, em nome dos melhores alunos da escola, não distingue o mérito, nem distingue a qualidade do ensino/educação nem melhora a (in)disciplina escolar. É a acção mais fácil, mais superficial, mais descontextualizada e MAIS BARATA que um governo pode levar a cabo para deixar a Educação na mesma. Como bem acerta RM, se fosse um governo de direita a propor semelhante asneira seria apodado de demagógico. Acrescento: seria acusado de implementar uma política retrograda e insensível à pobreza e aos mais desfavorecidos, mercantilista, um retrocesso pedagógico, enfim, enfim."A ideia do dinheiro como isco é como a da cenoura que se pendura à frente do burro. Um truque de quem, com a consciência pesada de pouco fazer pelos piores, e por nada mais ter feito pelos melhores, os trata como se fossem asnos", Rui Moreira no "PÚBLICO" de hoje, via netpress.
E gostei do exemplo do político (Valentim Loureiro) que ofereceu electrodomésticos na campanha eleitoral que o levou a ganhar as eleições (Câmara de Gondomar). Na altura, a esquerda bem-pensante achou essa atitude escandalosa. Disse que era uma inadmissível "compra" dos eleitores. Agora não se ouve ninguém dizer que o Governo se preprara para "comprar" os alunos.
Acontece, porém, que o dito político se comprou alguns eleitores com os electrodomésticos fê-lo com o dinheiro dele (ainda não era Presidente da Câmara) e os actuais querem fazê-lo com o dinheiro de todos nós. Essa é que é a diferença.
Reitor
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