Antes de mais, e seguindo o exemplo acima da competição entre países, se criarmos escolas frequentadas por alunos que se prevê terem um desempenho académico alto, isso terá uma grande repercussão nas escolas da região: por um lado algumas escolas ficarão privadas de ter bons alunos e por outro lado a concentração de alunos com mau aproveitamento escolar levará a que o fosso entre boas e más escolas se aprofunde. Ora não é isso que se pretende: precisamos que todas as escolas possam dispôr de uma gama diversificada de alunos para permitir interações de relação e de conhecimento que sejam positivas para todos os alunos.
O professor David Rodrigues já não me surpreende com o costumeiro discurso redondinho, prenhe de senso comum e vazio de qualquer ideia galvanizadora ou que coloque o CIDADÃO no centro das políticas públicas.
Este pedaço do texto que escreveu no PÚBLICO é sintomático da doutrina que as esquerdas nos andam a vender.
Na cabecinha do professor David, o Estado cria escolas e, para garantir uma certa uniformidade nacional, os alunos são distribuídos, quais ovelhas, por essas escolas estatais de tal forma que o número de bons e maus alunos em cada uma delas seja mais ou menos equilibrado.
Caso os bons alunos de uma determinada área onde existem várias escolas, pretendam todos a mesma escola, o Estado deve interpor-se e forçar a uma distribuição que diminua o fosso entre boas e más escolas. Como?
Distribuindo os alunos por todos as escolas de uma região, de forma a que os bons ou os maus não fiquem todos na mesma escola.
Uma espécie de Estado-providência das escolas. Não dos cidadãos ou dos alunos em particular.
Um Estado preocupado com as suas escolas, com os seus tribunais, com os seus balcões de serviços, com a sua máquina burocrática, com as suas empresas...
O cidadão que se dane.
E os anseios, as vontades e os quereres dos alunos e dos pais, Senhor?
Ah! Quanto às vontades, à felicidade e ao interesse dos alunos e dos pais, o Estado...
Dass.
Dass.
Já não posso com estas lesmas que colocam o povo ao serviço do Estado, a trabalhar para o Estado, a ter a felicidade que o Estado considera justa, a frequentar e a usufruir dos serviços que o Estado acha melhor, enfim, daqui a nada, a foder com quem o todopoderosoEstado achar adequado.
Ide cagar longe.
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