Um dia cansativo por entre os vinhedos do Douro impediu-me de espreitar os compadres blogosféricos.
Hoje de manhãzinha pude dar uma olhada e fiquei agradavelmente surpreendido com o que li no Umbigo.
O Paulo, em dia fecundo, postou três belas prosas.
Todas elas, hinos ao indivíduo e à sua capacidade pessoal/individual para vencer obstáculos e libertar-se das peias ideológicas - leia-se: comunistas/bloquistas/socialistas/esquerdistas - que impedem os portugueses de crescer e de vencer.
A primeira pérola desfaz a teoria do se é pobre, é estúpido.
A segunda é uma homenagem aos seus pais e ao enorme potencial de mobilidade social que residia Escola Pública do Estado Novo
Na terceira confronta o indivíduo com a realidade embora eu ache que o verbo acreditar está no tempo errado. Parece-me que seria mais certeiro se tivesse dito "gente que acredita" em vez de "gente que acreditou".
E vejo-os ao meu redor...Gente falecida por dentro, andando sobre embalagens de cada vez mais acessíveis antidepressivos e afins, gente traumatizada por uma vida de falhanços que não passaram pelos exames, mas sim pela fábrica dos sonhos que lhes foram vendendo, com embrulho de felicidade garantida mas não cumprida. Gente a quem os LCD, os 3G, os GTD não compensaram o vazio emocional de quotidianos com sentido rarefeito. Gente que acreditou que o sucesso era para todos, que havia uma igualdade de oportunidades e, agora, que têm ou poderão ter liberdade de escolha.
Gostei.
Reitor
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