quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Oh! Terminou o Jogo.



Parece que terminou o longo jogo Umbigo/Insurgentes... não propriamente a feijões mas em volta de indicadores demográficos e educativos.
Todos ficamos a saber mais e, pela parte que me toca, abstenho-me de perguntar ao PG o que entende ele por "evolução diferencial entre alunos e professores", não vá ter assunto para outra novela.


Reitor

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Não Ter o Rei Na Barriga

Parecer n.º 336/2011
Data: 2011.11.22
Processo n.º 477/2011
Queixa de: Cláudia Celina Marques Lourinho
Entidade requerida: Directora do Agrupamento de Escolas Dr. Joaquim Magalhães
 
III - Conclusão
Em razão do exposto, deve ser facultada a fotocópia dos horários atribuídos à referida docente nos anos lectivos de 2009/2010 e 2010/2011.




Reitor

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

No Seguimento Da Brilhante Ideia Do Ramiro, Proponho Uma Outra Ainda Melhor: Fusão Dos Agrupamentos De Lisboa, Odivelas, Oeiras e Amadora.


Proposta de fusão de Agrupamentos nos Concelhos de
Lisboa, Odivelas, Oeiras e Amadora



Porquê?

Razão Principal:

A mobilidade é bastante aceitável e a rede de transportes públicos é boa. Numa altura em que se pede sacrifícios aos Portugueses, em particular, aos funcionários públicos, será que é necessária a existência de tanto despesismo? Não será melhor fazer reformas estruturais, permanentes, que permitam garantir, neste caso, a sustentabilidade da Educação tendencialmente gratuita?
A bem da garantia futura dos subsídios de Férias e de Natal… O País não produz para manter o Estado Social tal como está… Não somos ricos… Não temos petróleo…A nossa população está envelhecida e os custos com o sistema de saúde e as pensões não param de aumentar.
Razões Secundárias:

#1 Permite rentabilizar de uma forma mais eficiente os recursos humanos: Pessoal docente e não docente (assistentes operacionais e assistentes administrativos). Permite ter apenas uma secretaria central, sediada numa Escola Secundária. Das 20 Escolas Secundárias de Lisboa, foram várias as intervencionadas pela “Parque Escolar”.

#2 Os ganhos financeiros que se conseguem com a redução de elementos das direcções são enormes: De 12/13 elementos, além de assessores, passariam para 5, após a CAP. Isto, apenas com a fusão de 2 Agrupamentos.

#3 A redução de estruturas intermédias seria muito elevada. Senão vejamos: Um único Conselho Geral (os 3 representantes da Câmara teriam apenas um Conselho Geral, em vez de três); de seis coordenadores dos directores de turma teríamos apenas 2; um único Conselho Pedagógico; coordenadores de departamento, disciplina, equipas PTE, assessores, equipas do Ensino Especial etc.

#4 Evitava-se horários incompletos nos mesmos grupos de recrutamento. O contribuinte não deve pagar um vencimento completo para um trabalho a tempo parcial!

#5 As ofertas aos alunos não seriam duplicadas ou triplicadas. O Agrupamento teria uma só política em termos de ofertas curriculares. Não poderia existir, por exemplo, um CEF semelhante em dois sítios com apenas 12 alunos!

#6 A gestão das horas não lectivas provenientes do artigo 79º do ECD permitiria ganhos muito elevados em termos de eficiência. Com tantas horas, o Director pode gerir melhor os projectos e actividades comuns, alocando essas horas, incluindo apoio ao estudo no 1º Ciclo, de forma mais eficaz. Há tantos docentes que não se importariam de cumprir essas horas em dois dias no final de uma tarde! Além disso, a redução dos cargos de gestão intermédia permite que o Director fique com mais possibilidades de escolha de docentes para determinada função e ter em conta as diferentes motivações e capacidades.

#7 Permite poupar dinheiro com as AEC: muitos docentes podem completar o horário letivo com horas nas atividades de enriquecimento curricular.

#8 Permite racionalizar vários projectos, como o Desporto Escolar, a Promoção da Sexualidade e da Saúde, entre outros, dando-lhes dimensão e projecção regional e nacional.

#9 Conduz a um aumento as sinergias para o acompanhamento dos alunos ao longo dos 12 anos de escolaridade obrigatória.

#10 Com o fim das Direcções Regionais de Educação e a transferência de muitas competências para as Escolas, permite responsabilizar mais o Director na assunção das escolhas que fez no seu Agrupamento.



ESCOLAS-SEDE DE AGRUPAMENTO (PUTATIVAS, QUE NÃO DE FACTO)


ESCOLAS A AGRUPAR
Agrupamento de Escolas São Julião da Barra
Agrupamento de Escolas Zarco
Escola Secundária Camilo Castelo Branco
Escola Secundária Luís de Freitas Branco
Escola Secundária Miraflores
Escola Secundária Professor José Augusto Lucas
Escola Secundária Quinta do Marquês
Escola Secundária Sebastião e Silva

Nota Bene: Se algum dos escassos leitores que por aqui passam perguntar a si próprio porque é que os argumentos que utilizo são decalcados destes, a resposta é simples: a Ramtheory é absolutamente arrasadora pois, hélas, aplica-se a qualquer localidade onde existam, pelos menos, duas escolas.


A bem da Educação


Reitor

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

domingo, 18 de dezembro de 2011

Um Socialista Preocupado Com Os Professores!


Reitor

Como Transformar Uma Evidência Social Em Asneira Política



É dever de um Primeiro-Ministro, e de qualquer responsável político, falar verdade aos cidadãos. Por mais que ela doa.
O problema está bem colocado: sobrando professores, ou estes se reconvertem profissionalmente ou procuram trabalho docente noutras paragens, nomeadamente no mercado docente da língua portuguesa.
As causas do problema é que estão mal identificadas: não é verdade que o excesso de professores se deva à "demografia decrescente" (e ainda falta explicar que fenómeno é este), ou a qualquer outro fenómeno demográfico. Já se sabe que a taxa de natalidade é baixa, mas está sensivelmente nos mesmos níveis há cerca de quatro anos.
O que é verdade é que depois dos cortes crescentes na educação, nomeadamente no número e horas semanais das disciplinas, sobrarão professores.
Cortes que, na sua maioria, serão bem vindos tal é o desperdício na gestão central e local do pessoal docente.
Isto são factos.

O que é politicamente errado é que o Primeiro-Ministro sugira ao povo que governa que emigre. Mais não fosse porque, emigrando o povo, quem sobrará para governar?

Bem, bem, alguns portugueses até gostam de emigrar. Vejam este amigo ...

Reitor

sábado, 17 de dezembro de 2011

Memórias (Curtas) De Um Peseteiro Que Fala Em Milhões De Portugueses Como Se Estes Fossem Euros


Luís Figo é um artista. Da bola e do "negócio". Enquanto Sócrates governou, fez bons negócios à conta do erário público. Mamou quanto quis. A teta secou e o rapaz vai vender tudo o que tem em Portugal.
Que venda e que vá com Deus. Não precisamos dele.

O que escusava era de de lançar fumo sobre todos nós tentando "justificar" o seu "erro" com o magote: não foram milhões de portugueses a votar em monsieursocratés. foram cerca de 1,5 milhões, monsieurfigo.


Reitor

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mega-Agrupamentos Curriculares: Porque Barafustam? O Estado é Que Sabe o Que é Melhor Para a Educação!

Claro que, a luminosaideia de "agrupar" o 1º com o 2º ciclo num mega-agrupamento curricular de 6 anos serve sempre a poupança de euros. Se serve ou não outros interesses e se esses são de caráter educativo ou não, logo se verá.
Várias coisas ocorrerão nos próximos tempos se a coisa for para a frente:
  • Alguns professores primários incharão como se fossem picados por um enxame, 
  • Outros, do 2º ciclo, após produzirem argumentação científica anti-agrupamento (1º+2º ciclo) e pró-agrupamento (2º+3ºciclo), suficiente para uma tese, soçobrarão ao cansaço e murcharão como se lhes faltasse a água,
  • O Crato passará a ser o novo Ál(var)o da blogosfera docente,
  • Os professores ganharão em polivalência: os primários ensinarão ao 2º ciclo, os do 2º ciclo ensinarão aos da primária.
  • Os funcionários das escolas continuarão como até aqui, exceto nas escalas. Os da EB2,3 farão "escala" com os da primária,
  • Os pais tsss,tsss nem darão por ela,
  • Os miúdos, esses ficarão na mesma: uns nas escolas primárias e os outros nas EB23;
  • Reduzir-se-ão os horários zero nos Agrupamentos,
  • O país poupará umas massas,
Quanto ao resto e se a coisa se fizer mesmo, duas certezas nos esperam:
    • O Estado que tanto agrada aos que incham como aos que murcham, continuará a ser o melhor cuidador de todos nós, segundo eles.
    • A culpa será dos privados que só querem o lucro e que ainda lucrarão mais com os mega-agrupamentos curriculares; pois se o Estado vai poupar, o privado também vai. Ora, como não passa pela cabeça de ninguém que o preço por cabeça nos colégios diminua, fácil é de ver que a poupança irá para os bolsos dos privados (esta até a ti te surpreendeu, não JJC?).

Boa ideia teria o Crato se juntasse tudo, desde o pré ao universitário.

Porquê?

Porque ainda poupava mais.


Reitor




sábado, 10 de dezembro de 2011

Um Belo Texto Em Favor Da Liberdade

A liberdade de escolher a escola dos seus filhos é um direito que tem sido retirado aos pais, aceitando-se como verdadeiro o pressuposto que todas as escolas são iguais e que, como tal, a escolha não é necessária. Naturalmente, o pressuposto está errado, e esta restrição prejudica fundamentalmente as famílias com baixos níveis socioeconómicos: em primeiro, porque as obriga a inscrever os seus filhos na escola da sua área de residência (o que, em muitos casos, significa matricular um filho numa escola má ou com a qual os pais não se identificam) e, em segundo, porque estas famílias não têm recursos financeiros para poder contornar esta imposição estatal (isto é, não podem optar pelo ensino privado). 
As forças de bloqueio à mudança, intrinsecamente reacionárias, existem. Afirmam que há limites e perigos em dar liberdade a pais, escolas e professores, como se a liberdade não tivesse sempre limites e como se isso não fosse sempre preferível a não ter liberdade de todo. Já não se trata apenas de uma visão estatista da sociedade, trata-se da dependência numa máquina que, há muito, deixou de servir os alunos para se servir a si própria. É, por isso, longo, duro e difícil o caminho que temos pela frente. Mas, em nome dos jovens que virão, é nosso dever percorrê-lo.

De Alexandre H. Cristo
Alguns educadores ficaram assim... com dor de cotovelo. e lá inventaram uns tiques de proselitismo no jovem Cristo. 
Neste poste, o General começou por fazer uma aproximação correta e pragmática à discussão que deve acompanhar a aplicação de políticas que promovam a liberdade de escolha: nada de pressa excessiva, estudar exemplos de outros países, não radicalizar...

Começou bem mas acabou mal.
Diz ele que a "Liberdade de Escolha em Educação num país com uma forte e crescente desigualdade socioeconómica e um enorme défice de informação sobre o desempenho das escolas, corre o risco de se tornar uma ditadura dos mais fortes sobre os mais fracos.." como se os sintomas sociais e económicos - consequências da falta de liberdade - fossem, eles próprios causados pela liberdade de escolha!!! A tal que não existe. Lógica da batata.

Um dos "Ds"  do 25 de abril de 1794 era o "D" de Desenvolver. Um outro era o "D" de Democratizar.
O que é facto é que, passados 37 anos da revolução de abril, ainda temos uma educação estatista definida, implementada, regulada e controlada pelo Estado. Nem se desenvolveu, nem se democratizou. Os defensores deste modelo vão contestar dizendo que a maior marca educativa do pós-abril de 74 foi a democratização do acesso à educação. Todos os jovens passaram a frequentar a escola. É verdade e ainda bem que assim é.
Contudo, democratizar a educação é muito mais que assegurar o livre acesso de todos à educação. Democratizar a educação é também assegurar que cada um tem a educação que quer e não a que lhe impõem. Democratizar a educação é permitir que cada cidadão possa escolher a escola que quer para os seus filhos, fomentando a concorrência entre escolas e projetos educativos, melhorando o sistema e desenvolvendo (ou outro D) o país..
Foi a falta de concorrência educativa que nos fez gastar cada vez mais em educação e os resultados não corresponderem ao investimento.

Foi a falta de liberdade de escolha da escola que fez com que se cavassem fundas assimetrias socioeconómicas entre os portugueses pois, os pobres mantiveram-se pobres em más escolas (geralmente públicas) e os que já eram ricos tiveram boa educação e bons resultados escolares em escolas (públicas e privadas) de qualidade e à sua escolha.

O défice de informação é filho do sistema educativo e da escola centralista e apenas pode ser combatido pela livre escolha da escola e pela concorrência entre escolas. Nunca a nomenklatura eduquesa permitirá que se disponibilize informação (vejam o que foi para se tornarem públicos os resultados dos alunos nos exames nacionais) sob pena de todo o país ver a sua irrelevância, incompetência e desnecessidade.


Reitor

Um Problema Grave. Um Aluno Violento


Aqui há umas boas dezenas de anos, em plena ditadura, quando as famílias portuguesas eram pobres e iletradas, quando o vinho, o traçado e a côdea eram a companhia dos homens nas aldeias espalhadas pelo país, especialmente após a jorna de trabalho; quando os mendigos polvilhavam as cidades, não havia meninos violentos.
Os putos para quem umas lambadas não eram solução, só podiam ser tolos ou "dementes", como então se dizia, eram encaminhados para as casas correcionais ou para o manicómio.

Agora é a aldeia inteira que fica trancada em casa por causa de um puto de 10 anos.


Reitor

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Abencerragem Is Back



Será que os subscritores do Manifesto "A educação, o país, o futuro"  também subscrevem a valterideia de que há liberdade de escolha da escola?

Reitor

Sermão De Luísa Moreira Aos Papalvos



Caros papalvos, não se aposta tanto no 2º ciclo e no ensino secundário porque aí já não é necessário que cada aluno desenvolva o seu potencial, ou seja  progredir nas aprendizagens e consolidar conhecimentos, para que possa corresponder às metas educativas existentes!! Seja lá o que isso seja, papalvos.
O projeto Fénix é uma solução económica porque, como bem sabeis, as dívidas do Estado não são para pagar.


Reitor

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Portugal: Um País a Brincar



Num país que se prezasse, nenhum homem deveria deixar de ser perseguido pela justiça nem de ser julgado pelos crimes que cometeu, até cumprir a pena ou até morrer.

Reitor

Afinal, Ao Contrário Do Que Dizia o Octávio, o Governo Revogou a ADD

Exmo. (a) Senhor(a)
Diretor(a) / Presidente de CAP / Gestora

Por indicação do Exmo. Senhor Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, junto envio a V. Exa. comunicado relativo ao assunto em epígrafe,  que tem por objetivo esclarecer a direção dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas e os seus docentes no que diz respeito às linhas gerais que orientam o novo Regime de Avaliação do Desempenho Docente (RADD).
Com os melhores cumprimentos.


João Grancho
DirectorRegional
Direcção Regional de Educação do Norte
Rua António Carneiro, 98 - 4349-003 Porto
Tlf. 225191900

Substituiu-a pelo RADD!

Reitor

Só Dete(c)taram Um Erro, Vá Lá.

Exmo(a) Senhor(a)
Director(a) (sic) / Presidente da Comissão Administrativa Provisória / Gestora

 
Para os devidos efeitos se informa  Vª Exª  que, tendo sido detectado (sic) um erro na programação informática que suportou a avaliação do desempenho dos directores (sic) e presidentes de comissões administrativas provisórias de estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e de ensino básico e secundário, bem como directores (sic) de centros de formação de associação de escolas, erro esse que teve repercussões nas pontuações finais atribuídas, por  meu  despacho de 2.12.2011  (em anexo)  foi rectificado (sic) tal erro material, com efeitos retroactivos (sic), nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 148.º do Código do Procedimento Administrativo, ficando sem efeito a tornada pública na plataforma desta DRE, em 30.11.2011.

Mais se informa que em 5.12.2011, pelas 14h30m, reuniu o Conselho Coordenador da Avaliação para, face à retificação operada e suas alterações nas pontuações finais atribuídas, proceder à validação das avaliações de desempenho relevante e desempenho inadequado e reconhecimento do desempenho excelente.

A pontuação final rectificada (sic) está disponível na página desta DRE, em Área Privada / Avaliação Directores (sic).

 Com os melhores cumprimentos, 
      
João Grancho
Director (sic) Regional
Direcção (sic) Regional de Educação do Norte
Rua António Carneiro, 98 - 4349-003 Porto
Tlf. 225191900



Reitor

Socialismo, Equidade, Alternância



 



Reitor

domingo, 4 de dezembro de 2011

Que Têm Em Comum Os Subscritores Deste Manifesto? De Ana Benavente a Sérgio Niza, Qual é a Cola Que Os Une?


Querem que tudo fique na mesma nas escolas e na educação. Para manterem os seus empregos e, em alguns casos, os seus tachos públicos.
Falam e escrevem como se não fossem eles co-responsáveis pelo rumo que tomou a educação depois de 25/abr/75.
Esquecem que não há guito. Calaram-se quase sempre, quando viram os outros a gastar a massa. Alguns até incentivaram os gastos.

O que une todos estes subscritores é o grande úbere de que todos se alimentam: todos eles são funcionários públicos ou vivem diretamente à custa do Estado. E querem continuar.



Reitor

sábado, 3 de dezembro de 2011

Uma Ensinadela De Mestre





A um rapazote que, depois de 6 anos a lamber as botas ao Sócrates, pensava que era gente. Ainda tem muito que aprender para chegar a homem.
Curiosamente, ou não, olho para o hemiciclo e raramente vejo homens. Vejo quase sempre uns garotos e garotas com ar de pouco terem para fazer.
Lamentável.


Reitor

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Uma Líder


A Cila Cunha Pita exonera e louva.
Em simultâneo, para equilibrar na Lena Guerreiro.
Para que se veja o seu poder e magnanimidade.
Uma lidre, portantos.


Reitor

sábado, 26 de novembro de 2011

Liberdade De Escolher Segundo Os Critérios Dos Funcionários

O Paulo Guinote já escreveu várias vezes sobre a "liberdade de escolha da escola". Durante muito (1) tempo (2) esteve contra (3). Nunca acertou completamente no alvo (4) mas, verdade seja dita, tem vindo a melhorar a pontaria.

E apresenta-nos 10 medidas essenciais para que se implemente, entre nós, uma verdadeira  liberdade de escolha em educação. O problemas não são as últimas medidas da lista. Com essas podíamos bem. O problema são as primeiras...
1) Determinação das necessidades efectivas em matéria de rede escolar e estabilização da oferta pública com base em critérios técnicos claros e não vulneráveis aos humores políticos do momento. Esta determinação deve ser regulada a nível central, mas coordenada a nível distrital e/ou intermunicipal. 
Errado: Se há coisa que sabemos é que a rede escolar e a oferta educativa pública que nos acompanham desde 25-4-74, são caóticas, desordenadas, desequilibradas, pontualmente insuficientes e de péssima qualidade, pontualmente excessivas e luxuosas. E que sempre foram "desenhadas" por diligentes funcionários públicos em nome do Estado.Portanto, nunca será boa ideia deixar aos mesmos de sempre a determinação daquilo que os "outros", enfim, os portugueses necessitam.
Deve ser o mercado e a concorrência a tratar de "determinar" as necessidades da rede e a diversidade da oferta e não os régulos centrais ou regionais.
Mas, não me admira que um funcionário público prescreva uma "nova" receita pública, para solucionar um problema cuja solução reduzirá o "emprego público". Compreendo.
2) Definição do que é considerado serviço público de Educação passível de ser financiado pelo Estado, estabelecendo critérios para a atribuição de subsídios. Complementarmente, estabelecer regras claras de impedimento de trânsito entre quem define essas regras do lado do poder político e quem delas beneficia, seja do lado das instituições privadas, seja do lado das públicas. 
Errado: O Estado não deve perder tempo a definir o que está há muito definido: a Educação é um serviço público financiado em parte pelo Estado, em parte pelo cidadão. A Educação ao nível da escolaridade obrigatória é paga, sobretudo, pelo Estado (porque as borlas e as gratuitidades vão contra a natureza das coisas). Não deve haver subsídios para ninguém (que vão trabalhar), o Estado nem deve financiar as escolas nem os cidadãos, deve financiar a  educação destes. Exatamente como faz com a saúde (com cada ato médico), o Estado deve financiar o ato educativo na parte que lhe cabe.
3) Criação de um sistema-piloto de cheques-ensino (a ser progressivamente alargado) direccionados para grupos desfavorecidos do ponto de vista socioeconómico, zonas (concelhos) onde a rede pública não seja suficiente em relação à procura ou onde os resultados dos alunos sejam consistentemente bastante inferiores à média nacional (por exemplo, abaixo do percentil 25). 
Certo: o sistema-piloto de cheques-ensino é uma boa ideia. Errado é que dele beneficiem apenas os "grupos desfavorecidos do ponto de vista socioeconómico". Quem são estes desfavorecidos? Quem decide se um sujeito é desfavorecido ou não? É mais um "funcionário público" que decide se um indivíduo faz parte do grupo dos desfavorecidos? Errado é que o sistema-piloto seja aplicado apenas onde há falta de escolas públicas. O país está farto de segregações "socioeconómicas" com base em critérios discutíveis, estabelecido por funcionários e políticos interessados.
4) Definição do valor dos cheques–ensino de acordo com a instituição a frequentar, ciclo de escolaridade e tipo de proposta pedagógica. 
Errado: O cheque-ensino deverá ter idêntico valor em todo o país, por nível de ensino/curso frequentado. Por respeito aos princípios da justiça, da igualdade e equidade, educativa e fiscal. A "proposta pedagógica" (bonita expressão) de cada escola determinará a viabilidade de cada escola e não o valor do cheque.
5) Autorização da existência de regimes privados de cheques-ensino ou bolsas de estudo com regras claras e não discriminatórias. 
"Regimes privados de cheques-ensino"!? Pode explicar melhor, s.f.f
6) Possibilidade de as escolas públicas desenvolverem projectos pedagógicos alternativos, sem contratos de autonomia espartilhados com dezenas de páginas, assim como serem livres para mobilizar e gerir recursos financeiros adicionais (nomeadamente os conseguidos junto de patronos privados) aos facultados pelo Orçamento de Estado. 
Subscrevo e aplaudo
7) Possibilidade de as escolas privadas concorrerem a financiamento do Estado, sendo esse financiamento definido de acordo não apenas com o número de alunos e turmas, mas igualmente em função do tipo de propostas pedagógicas e do pessoal docente e auxiliar em exercício, premiando as escolas com pessoal mais qualificado e especializado, assim como dos objectivos definidos e alcançados ou não (no caso da renovação dos subsídios). 
Errado: As escolas privadas não concorrem a subsídio nenhum. Nem precisam de qualquer subsídio do Estado. Apenas precisam que o cliente "Estado" lhes pague a parte que lhe cabe pela educação de cada aluno que a frequenta.
8 ) Inspecção regular (a cada 3 ou 4 anos) das escolas públicas e privadas, no sentido de determinar se as suas obrigações e objectivos foram cumpridos, assim como se os meios humanos e técnicos correspondem às condições inicialmente apresentadas.  
Subscrevo e aplaudo.
9) Possibilidade de as famílias escolherem livremente as escolas públicas ou privadas financiadas pelo Estado para os seus educandos mas, no caso de excesso de procura, ser usado um sorteio anual entre os novos candidatos 
É uma medida viável e uma solução melhor que as atuais. Discordo dela porque preferia critérios de mérito escolar (avaliação interna, avaliação nos exames, etc.). Mesmo relativamente ao primeiro ciclo, no qual já existem exames, aliás. 
10) Criação de um sistema de transportes e/ou passes escolares que permita uma efectiva mobilidade dos alunos com diferentes níveis de rendimentos. 
Subscrevo e aplaudo até "alunos". Já não percebo o que é que o IRS tem a ver com os transportes. No que toca aos transportes, o Estado pagará a fatia que lhe couber, tal como paga hoje.

Reitor

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Parlamentos Regionais? Pra Quê?



E governos regionais para quê? Não bastava apenas um Governador, nomeado pelo Governo, obviamente.

Como diz o Otelo, mas por diferentes razões, precisamos de outro 25 de Abril. Uma revolução que devolva a democracia e a justiça aos cidadãos comuns.


Reitor