quinta-feira, 30 de abril de 2009
Procuro Virgem
Poupem as Munições
Ele, insatisfeito, disparou mais uma vez. Com chumbo muito grosso, desnecessariamente.
E veio a chuva. Primeiro de mansinho, depois e grossas bátegas. Choveu! E de que maneira!
Os professores têm pela frente, há muito tempo, uma dura luta. Uma guerra.
Um guerra que se joga em todas as frentes: na frente profissional, jurídica e política.
Também se joga nas eleições, obviamente.
Joga-se todos os dias e não apenas em Outubro, obviamente.
Joga-se com OIs, sem OIs, com ficha de AV e sem ficha AV, com greves e com manifs. No supermercado e no Parlamento. Vale tudo.
E há infiltrados; e há estrategos de pacotilha; e negociadores em bicos de pés; e vaidosos e falsos humildes; e engravatados de colarinho sebento; e corajosos e acagaçados. (não, não é remoque para ninguém). Há de tudo um pouco.
Só não há líderes.
Os soldados são muitos e os líderes não se vêem. A progressão será lenta. E a luta paciente.
Reitor
sábado, 25 de abril de 2009
"Hotel" Saraiva de Carvalho
Reitor
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Já Está Online
Aqui está o novo Observatório das Políticas Locais de Educação.
Uma composição variada....
ReitorO Observatório é composto por uma Unidade de Coordenação Executiva, uma Comissão Científica e um Conselho Consultivo e de Acompanhamento.
A Unidade de Coordenação Executiva, é dirigida por um director, nomeado pelo Ministério da Educação, que representa o Observatório, integrando ainda um elemento nomeado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local e outro pela ANMP.
A Comissão Científica é dirigida por um coordenador, representante de uma das instituições parceiras e integra obrigatoriamente um investigador de cada um dos centros de investigação e, eventualmente, personalidades convidadas nacionais ou estrangeiras.
O Conselho Consultivo e de Acompanhamento integra os representantes das entidades instituidoras e das instituições cooperantes. As instituições cooperantes a serão as identificadas em Protocolo a celebrar oportunamente com essas instituições.
Paulo Guinote, What Else
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Olha, Olha, Tantos Prazos Ultrapassados
A segunda série do DR tem sido fértil na publicação de anúncios para a concueleição do Director.
Ontem e hoje os avisos publicadaos mostram que há dezenas de escolas que "desencadearam" o concurso fora do prazo legal. Só temo que as DREs tomem a mesma posição que tomou a DRELVT em Stº Onofre. Aliás, já devem estar a caminho para declararem estes concursos ilegais. Ou talvez não.
Para memória futura, ficam desde já notificadas as Direcções Regionais de Educaçao que há muiiiiiiitas escolas e agrupamentos a desencadear a concueleição do Director fora de prazo, portanto, em situação ilegal facilmente contestada pelo advogado Garcia Pereira.
E, se tiverem dúvidas, requeiram cópia das actas dos Conselhos Gerais e CGTs para verem as datas de início do procedimento. Afinal, este processo deve ser menos sigiloso que o processo de avaliação do desempenho dos professores - que é de acesso público.
Penso eu de que...
Reitor
Já Tenho o Magalhães, Navego Na Internet...
Reitor
terça-feira, 14 de abril de 2009
O Tom do Alarmismo Não Enche Barriga de Criança
Sra. Ministra, faz favor.«Gostava que se baixasse o tom do alarmismo. Confio que as escolas resolvem esses problemas e que fazem muito mais do que é a sua obrigação estrita em matéria de suprimento de necessidades alimentares», acrescentou a ministra no final de uma visita à Escola Secundária Aurélia de Sousa, no Porto.
As escolas são bancos alimentares com muito bem diz aquele professor que a está sempre a incomodar. Acontece, porém, que estão encerradas aos domingos e feriados e as cantinas não funcionam nas férias da Páscoa.
Por isso, não é de confiar que as crianças que passam fome tenham sido alimentadas pelas escolas nesta quadra festiva.
Quando a Escola estiver aberta até às 20h00 ou 24, mais 4 menos 4 pouca diferença faz, talvez possamos contar com os pais para servir o almoço. O Bino conta as refeições.
Continuação de Boa Páscoa.
Reitor
O Estado, Sempre o Úbere do Estado
E, para conhecimento das futuras gerações, aqui fica o registo daquilo que faz o ilustre Professor Doutor Alexandre Ventura em algumas das horas mais mortas da sua preenchida vida:
- Preside ao Conselho Científico para a Avaliação dos Professores,
- É professor na Universidade de Aveiro,
- Recebe do Estado, legalmente, a título de subsídio de residência, um abono de 941,25 euros mensais,
- Conduz carro do Estado, ao qual o Estado trata de encher sempre o depósito de combustível, mesmo nas viagens para a respectiva residência, também ela paga pelo Estado a título de subsídio.
- Visitou dez escolas das 30 e tal de uma rede de malha larga que só ele e alguma nomenklatura conhecem.
- Já percebeu que as escolas avançam a ritmos diferentes num processo de avaliação que tem sido muito criticado.
- Por último, viu que há professores que se esforçam por aplicar o modelo de avaliação
Prontos. Como as notícias não falam em cartão de crédito e telemóvel, acho que concluí o que de interessante vi no DN sobre este assunto.
Reitor
sábado, 11 de abril de 2009
O Verão aproxima-se, mas a Páscoa... A Páscoa vai ser chuvosa
E vem o Guinote a enaltecer o Roberto Carneiro? Eu sei porque é que o faz...como em tudo o que está presente nele (leia-se: o blogue) é uma questão de umbigo ou como eu digo de Grande Umbigo...
sexta-feira, 10 de abril de 2009
O Verão aproxima-se a passos largos
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Casa, Cama, Mesa, Carro e Roupa Lavada
GLASNOST
Se lhes perguntarmos se querem um Estado transparente, no qual os cidadãos possam escrutinar as decisões que se tomam e examinar a forma como são tratados por esse mesmo Estado, a quem entregam parte dos seus proventos, todos responderão que sim.
Como já sabemos do que a casa gasta, não perguntamos a nenhum português se acha bem que o processo de licenciamento da sua habitação seja de acesso público. Muito menos perguntamos a qualquer funcionário público se acha bem que qualquer cidadão possa aceder à sua folha de vencimentos anuais. Já sabemos as respostas...
No passado dia 1 de Abril, não por ser esse dia, levantou-se uma nova polémica: a avaliação dos professores, depois de concluída, é de acesso público.
Não tardaram os mas...
Os tradicionais "defensores" dos professores, padroeiros da transparência, já vieram aplaudir a novidade... Com almofadinhas nas mãos. E todos eles eram contra o modelo de avaliação, entre outros motivos, porque o modelo não permitia uma avaliação justa e equitativa.
Transparência sim, mas, cuidado...
Não demorará muito a que os professores venham dizer que... pois... tá muito bem, mas..."Fenprof receia que acesso a documentos possa aumentar conflito entre docentes"
A FNE defendeu que o acesso ao processo de avaliação dos professores deve ser, na generalidade, reservado, embora considere que possa ser consultado em caso de reclamação ou recurso"
Aliás, o professor José Matias Alves, o dos afectos, já lançou o barro à parede enaltecendo a portuguesíssima tese de se ser, simultaneamente, a favor de uma coisa e do seu contrário:
Bonitos exemplos estes a favor da transparência e da Administração aberta, ambas exigências de qualquer Estado que se diga de Direito, ambas com dignidade constitucional em Portugal...
Reitor
O problema dos socialistas são as coincidências
Logo, logo, a socialista Ana Gomes distribuiu as hóstias:
Depois aconteceu esta coisa chata:"Um político que adquira bens tem de provar que o fez com dinheiro limpo. Os portugueses sabem que as pessoas sérias não têm dificuldade em provar de onde veio o dinheiro para o carro, a casa ou as férias".
Ontem, ficámos a saber que é por causa do ingº Sócrates que não se aprovam leis que criminalizem o enriquecimento ilícito, especialmente dos políticos:
Inverte a coisa, diz ele..."O primeiro-ministro rejeitou, hoje, a proposta do PSD que criminaliza o enriquecimento ilícito por considerar que inverte o ónus da prova e o líder parlamentar social-democrata concluiu que o PS não quer combater a corrupção"
Cá para mim, tudo isto não passa de uma coincidência infeliz...
Reitor
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Confuso? Não! Que Ideia!
Reitor"O ministério prossegue, clarificando que o presidente do Conselho de Escolas e do Conselho Executivo da Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, em Valadares, citado no mesmo artigo, também já desmentiu as suas declarações. De acordo com o “Diário de Notícias” Álvaro Santos teria admitido que “algumas ausências podem estar a ser apagadas dos registos”, informação que a tutela nega e o próprio já desmentiu na edição de dia 3 do mesmo jornal".
Como Melhorar os Resultados Escolares a Matemática
terça-feira, 7 de abril de 2009
A partir de hoje é que a porca torce o rabo
Ontem, achava que não estavam a ser cumpridos os prazos legais. Mas estavam. Ainda.
Artº62º
4 — O procedimento de recrutamento do director deve ser desencadeado até 31 de Março de 2009 e o director deve ser eleito até 31 de Maio de 2009.
5 — No caso de o conselho geral não estar constituído até 31 de Março de 2009, cabe ao conselho geral transitório desencadear o procedimento para recrutamento do director e proceder à sua eleição.
Por aqui se vê que o procedimento para recrutamento do director tem de estar desencadeado até 31 de Março/2009. Um análise rápida pelo DR electrónico de ontem permite ver que todos os procedimentos foram desencadeados até 31/03/2009, uma vez que todos os avisos estão assinados dessa data ou anterior. Onde está a dúvida?
A menos que por "desencadeados" se entenda "publicados em DR". É isso? Claro que não é isso. Vamos esperar para ver o que é...
O problema vai ser a partir de hoje. Mais logo veremos se se publica algum aviso com data de assinatura/aprovação pelo CG/CGT posterior a 31/03/2009. Aí sim, haverá um claro desrespeito pelos prazos legais e, assim sendo, devem intervir as DREs com fez a DRELVT com Stº Onofre.
Mas eu não acredito que o ME levante essas questões de ultrapassagem dos prazos. Terão de ser, mais uma vez, os professores - candidatos a directores - a fazê-lo. Aposto dobrado contra singelo
Reitor
segunda-feira, 6 de abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
Possível Carta Aberta do Senhor DRELVT Aos Professores e Professoras do Agrupamento de Escolas de Santo Onofre
Fiquem a saber que decidi nomear uma nova equipa para dirigir a vossa escola.
Fi-lo para vosso bem, para bem dos alunos, dos contínuos e de toda a população das Caldas.
Para que não pensem que vos quero mal, ou que me limito a cortar fitas e a andar de automóvel, com motorista, pela região a bajular o PS e o seu grnade líder, ficam já a saber que dois dos nomeados são até sindicalistas de cepa.
Fiquem descansados que estes vossos colegas, que ninguém conhece na escola (propositadamente para as brasas não avivarem) não aceitaram o cargo por serem dirigentes sindicais. Não senhor.
Nem por serem uns oportunistas desgraçados! Não é sua índole.
Nem aceitaram por estarem encostados ao PS (nem mesmo ao de Almada como eu)! Não senhor.
E calem-se as más línguas, autênticas matracas, que por estes lados já vão dizendo que o Carlos Alberto, o David, a Ana Cristina e a Nês Fernandes são uns mamões e que se querem aproveitar do trabalho dos outros para subir na vida! Que horror! Nem pensar. Estes colegas “Não agiram como dirigentes sindicais mas como professores e fizeram, com toda a certeza, o que pensam ser o melhor para a escola”
São autênticos missionários, quase mártires, que se prestam a este serviço porque têm um dom: SERVIR. Ajudar o próximo. Este sim é o impulso que os move.
Ajudar o próximo, ajudar o amigo, ajudar o colega, ajudar as crianças, entregar Magalhães com força, enfim, tirar o Agrupamento de Santo Onofre da orfandade em que se encontrava há cerca de 86.000 longos segundos. É isto que move estes vossos colegas.
Despessome como se depediria o nosso grande líder inginheiro, seguindo a cartilha maternal da Margarida "Popota" Moreira.
A Bem da Inducação
Coirinho Bácoro (possível assinatura)
Reitor
quinta-feira, 2 de abril de 2009
A Sociedade Secreta
Nada se refere na página electrónica do CE, mas boa fonte disse-me que o Conselho está a ficar fulo com as reuniões dos PCES. E alguns membros ficam em pugas só de pensarem na possibilidade de se criar uma associação de PCES.
Os pareceres foram pacificamente aprovados e as coisas estavam a decorrer na paz do Senhor até que, de um momento para o outro, um ilustre conselheiro de Lisboa, velha raposa, com ar de anjola, assim como quem não quer a coisa, lançou o veneno: - acho mal que alguns colegas participem em reuniões de PCEs para formar uma associação que visa acabar com o CE. Cada um é livre de fazer o que quer , mas eu acho que há incompatibilidade entre o CE e uma Associação de PCES.
Lançado o isco, não faltou quem batesse nos PCEs que participaram na reunião de Lisboa, especialmente no coitado do prof. Elias que levou uma trepa que não esquecerá facilmente.
Chegaram a sugerir-lhe que se demitisse do CE e do CCAP.
Podiam publicar as actas ou emitir comunicados... Só para que se soubesse como os 60 PCEs gastam o erário público em reuniões cuja nobre função é, para além dos améns ao Governo, laurear a pevide...
Reitor
Nem se "apagam" faltas nem se "limpam" cadastros, antes pelo contrário
Nem se "limpam" cadastros - tipo pegar em Fary esfregar alguns cadastros bastante sujos...
Faz-se pior, bastante pior que isso. Faz-se de conta.
Faz-se de conta que se é professor,
Faz-se de conta que a Escola é um espaço onde se educa e formam jovens,
Faz-se de conta que os alunos NÃO faltam, mesmo que não estejam presentes na aula,
Estatuto do Aluno
Artº 22º
….
4 - Com a aprovação do aluno na prova prevista no nº 2 ou naquela a que se refere a alínea a) do nº 3, o mesmo retoma o seu percurso escolar normal, sem prejuízo do que vier a ser decidido pela escola, em termos estritamente administrativos, relativamente ao número de faltas consideradas injustificadas.
Artº 26º
….
4 - A aplicação da medida correctiva da ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar, é da exclusiva competência do professor respectivo e implica a permanência do aluno na escola, competindo aquele, determinar, o período de tempo durante o qual o aluno deve permanecer fora da sala de aula, se a aplicação de tal medida correctiva acarreta ou não a marcação de falta ao aluno e quais as actividades, se for caso disso, que o aluno deve desenvolver no decurso desse período de tempo.
Ofício Circular nº 17/08, de 27/11, da DREN
nº 4b) Caso o aluno obtenha aprovação na prova (nº 4, do artigo 22º do estatuto do Aluno), retoma o seu percurso escolar normal, sem prejuízo da competência da escola para determinar os efeitos administrativos das faltas injustificadas dadas pelos alunos antes da realização da prova de recuperação, nomeadamente, no que diz respeito ao facto de essas faltas entrarem ou não no cômputo de posteriores faltas que o aluno venha a dar, tal como explicitado na Informação nº 9/CRS/SEE/2008, de2008.02.19, do Gabinete de Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Educação;
Reitor
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Um Amigo No Sítio Certo
Perfil: José Luís Lopes da Mota, 54 anos, presidente do Eurojust
Em 2008, Lopes da Mota esteve presente na reunião onde as autoridades portuguesas e inglesas discutiram o andamento do processo Freeport.
Aí foi apresentado o DVD, com as escutas, que a TVI divulgou há dias, e a identidade de todos os suspeitos da polícia inglesa, incluindo José Sócrates.
Ambos tinham feito parte do primeiro Executivo de António Guterres - Lopes da Costa era secretário de Estado da Justiça - e foi por nomeação do segundo Governo de Guterres, em 2002, que foi parar ao Eurojust. Em 2005, foi referenciado como o preferido de Sócrates, já primeiro-ministro, para suceder a Souto Moura como PGR.
Todavia, com a vinda a público de suspeitas sobre um alegado favorecimento a Fátima Felgueiras (foi delegado do procurador em Felgueiras de 1980 a 1988, onde conheceu o casal) supostamente fornecendo-lhe uma cópia da denúncia ainda antes da PJ de Braga iniciar investigações e também de um alegado telefonema do marido de Felgueiras onde terá pressionado Lopes da Mota para favorecer a esposa, o seu o nome foi afastado da corrida. Em 2007 foi eleito presidente do Eurojust, um órgão de cooperação judicial com sede em Haia
Os 130 de SAntarém, os 212 de Coimbra e os 180 de Lisboa estão à espera de quê?
Talvez um voto de solidariedade, não?Apelamos, a todas as forças vivas do concelho que promovam as iniciativas que considerem, adequadas para testemunhar junto de quem de direito qual o efectivo papel social, e cívico que tem sido desempenhado por este agrupamento de escolas, algumas das, quais a comemorar o seu centenário.
Reitor
Mais um estudo tipo OCDE, um mamão à espera da tranche e um criado atento a lamber as botas do dono
Nos últimos dias aconteceu um milagre nas escolas: os alunos faltaram no 1º período deste ano menos 22,5% que no período homólogo o ano passado. Este fenómeno foi visto e sentido por todas as autoridades nacionais, excepto as próprias escolas. Por causa de um tersolho momentâneo, ainda que generalizado.
Gabou-se a ministra, congratulou-se o ingº de pardieiros, contentaram-se os pais dos alunos, e o presidente das escolas, o dr. Álvaro "Genuflexão" dos Santos.
Os governantes vieram dizer que o milagre se deveu o novo Estatuto do Aluno, que obriga os faltosos à prestação de provas de recuperação. O ingº do Freeport foi mais longe e disse que estávamos perante “um progresso absolutamente extraordinário”.
Os pais dos alunos, aqueles que estão à espera da primeira tranche deste ano (mais de 100.000€) que, diga-se em abono da verdade, está muito atrasada; os pais dos alunos, dizia eu, até ficaram "satisfeitos por se verificar uma diminuição. Com o Estatuto do Aluno acabou o facilitismo que existia anteriormente, em que qualquer coisa servia para justificar uma falta", afirmou o vice-presidente da Confap, António Amaral.
O pateta alegre que preside ao conselho das escolas veio ajudar à missa do governo e largou este cuspo que, de tão bajulador e insidioso, se torna venenoso: "os números reflectem o trabalho que tem sido desenvolvido dentro das escolas". Frase assassina, mente repelente.
As escolas, essas realidades com problemas de visão, nada viram de anormal excepto o aumento da violência, o aumento da indisciplina, o crescente relativismo moral e a mentira dita repetidamente por oportunistas e vigarista encartados, na presunção de que uma mentira dita muitas vezes passa a ser verdade.
Os dados trazidos a público pelo ME foram propositada e cinicamente falsificados, tal como foi o relatório da OCDE, que não o era. Com meias verdades, o ME recolheu e trabalhou os dados conforme as conclusões que lhe interessava propagandear.
É uma impostura intelectual apresentar estes dados sem especificar a forma como foram obtidos e tratados, num exercício de pura demagogia. Esqueceram-se de dizer que:
1 - Com o novo estatuto dos alunos, os alunos mal-comportados são expulsos das aulas e os professores podem não lhes marcar falta.
2 - Muitos directores de turma marcam apenas as faltas injustificadas, considerando todas as outras apenas para efeitos estatísticos, sob pena de terem de perder tempo a realizar uma de prova de recuperação que, além de estúpida, não serve para rigorosamente nada, como pode ser comprovado por qualquer professor, excepto pelo criado de serviço do conselho das escolas.
3 - Com o novo estatuto do aluno, depois de realizada a prova de recuperação, as faltas dadas, todas elas, são retiradas do cadastro do aluno, reiniciando-se a contagem.
4 - Como poucos sabem e muitos esquecem, com o novo estatuto do aluno, as faltas são contadas por bloco de 90 minutos. Ou seja, a falta a uma aula de 90 minutos é contada apenas como uma falta, ao contrário do ano passado em que eram contadas duas faltas.
5- No ano passado aos alunos que não compareciam nas aulas eram marcadas faltas, ainda que em muitos casos - participação em actividades, por exemplo em Visitas de Estudo - os seus efeitos fossem apenas estatísticos. Este ano, não se marcou falta a nenhum aluno que não comparecesse numa determinada aula por estar a desenvolver outra actividade autorizada, por exemplo a participar no torneio de futebol da escola. Não se marcou qualquer tipo de falta porque senão era contabilizada para efeitos de realização da prova de recuperação.
Portanto, a questão é a seguinte:
Com tanta aldrabice intelectual, com tanta entorse material cujo objectivo foi sempre manter os alunos na escola nem que aparecessem apenas uma vez por trimestre, SÓ HOUVE UMA DIMINUIÇÃO de 22.5% no número de faltas?
É pouco, é muito pouco. E está longe de se conseguir atingir o objectivo que, não convém esquecer, é de zero faltas, zero abandono e zero reprovações.
Reitor