sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Uma sua criada...

Conceição Castro Ramos topa a tudo. É uma espécie de pessoa que não se vê, mas existe. Não pia, mas come. Não tuge, mas muge. Quando há um nó para desfazer, vai-se buscar a Conceição.
Desempenhou vários cargos na Administração Pública, tendo presidido à Comissão Negociadora do ME para a regulamentação do ECD com as organizações sindicais. É Mestre em Ciências da Educação na especialidade Educação e Desenvolvimento, Conselheira Nacional de Educação, Professora universitária e desempenhou, recentemente, o cargo de Inspectora-Geral da Educação.
Agora é também a Presidente do "Inexistente" Conselho de Científico para a Avaliação dos Professores (CCAP). Inexistente mas tão activo tão activo que até já publicou um conjunto de convenientes "recomendações" para serem seguidas pelos Conselhos Pedagógicos das escolas na avaliação dos professores. Estas recomendações que, nos termos da lei, deveriam ser aprovadas pelo CCAP mas não foram pois, como disse, o dito cujo Conselho não tem existência física nem material, apareceram agora mesmo na página do ME.
Estranha coincidência e rapidez fulminante, induzida, também ela, por um pertinentíssimo despacho do Sr. Secretário de Estado, Jorge "Sinistro" Pedreira, exarado 1 segundo antes de serem publicadas as ditas "recomendações". Não pode haver maior hipocrisia.
Ele há pessoas que vivem do erário público há tantos anos que já têm a espinha gasta de tantas vezes se vergarem aos desmandos dos políticos de ocasião.
No capítulo das atitudes, dou um valor à Dra. Conceição Ramos por se pôr a jeito dos políticos. . No capítulo da subserviênca ao poder político, a Dra. Conceição Ramos leva nota máxima.
Reitor

3 comentários:

  1. Começo por dar-lhe sinceros parabéns pela qualidade (já nem falo da velocidade)do seu post.

    Mas como sou um reitorzinho zelote, ponha-se a pau, pois já me muni de lápis azul...

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  2. Pior do que o patrão é o Capataz. Era assim no estado Novo. Será assim no Estado neo-Liberal.

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  3. Há professores atentos e com visão, mas há outros que andam distraídos... Outros ainda são uns verdadeiros palhaços, uns paus mandados, uns lambe-botas. É destes últimos que devem recear os professores; os tais zelotes de que falava o leitor de cima.
    Há sempre alguém pronto a fazer um serviço. É só preciso que lhe paguem; às vezes nem isso.
    A criada lá de cima deve receber bem, não ?

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