sábado, 24 de fevereiro de 2007

Ora aí está uma boa notícia

Vi e ouvi hoje no telejornal que:
A ciência é como a vida: tem sempre um sentido; avança sempre. A passo lento umas vezes e, outras, mais depressa, mas sempre, sempre para a frente.
Ainda há poucas décadas, era preciso chegar ao "fim do tempo" para os casais saberem o sexo do seu filho e darem "graças a Deus por ser sãozinho". (Quando me refiro a "casais" estou a pensar nos verdadeiros e únicos casais e não naqueles outros que alguma esquerda - demasiado jovem e demasiado caviar - tem vindo a falar, preparando-nos para a discussão de mais uma questão "fracturante").
Hoje, os casais podem saber do sexo do bebé às 8 semanas. . "É no pouco que sabemos que somos diferentes, já que somos todos iguais na nossa ilimitada ignorância", já o dizia Popper.
A ciência, para além de ser a maior criação do homem, tem o condão de, frequentemente, nos confrontar muito mais com a nossa ilimitada ignorância do que com o nosso "suposto saber", como bem retrata esta notícia da RTP.
Ainda há bem pouco tempo se discutiu em Portugal a questão do aborto. Até se fez um referendo. Antes e durante a campanha eleitoral muito se falou na "demagogia" daqueles que utilizavam os termos "criança", "bebé" e "filho" para se referirem a um feto com 10 semanas.
Pois agora, apenas duas semanas depois do referendo, já se noticia nos jornais e TVs que às 8 semanas de gestação temos "filho", "bebé" e até "sexo". Elucidativo, não é?
Ficamos todos mais informados. Afinal, todas as mulheres, mesmo aquelas que pretenderem abortar, já podem, se o desejarem e puderem pagar cerca de 100 euros, saber do sexo do bebé, seu filho, que hão-de ter caso levem a gravidez até ao fim.
Reitor

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