Nas últimas décadas, o que mudou no país e no futebol português não foi o talento dos nossos jovens jogadores – continuamos a ter os melhores jogadores do mundo, de Eusébio a Figo a Cristiano Ronaldo. O que mudou foi a educação. E foi o que fez a diferença entre o antes, quando a Selecção falhava quase todas as grandes competições, e o agora, em que se frequenta os grandes torneios sucessivamente e se alcançam bons resultados com regularidade. Desde a década de 1980, Portugal deu um salto qualitativo nos seus indicadores de escolaridade – democratizou o acesso à escola, combateu o abandono e o insucesso, elevou índices de desempenho escolar – e produziu sucessivas gerações de jovens cada vez mais qualificadas. E foi igualmente nesse período que as academias dos clubes integraram a escola na formação dos jogadores, preparando-os para os desafios do desporto em alta competição e para a vida. Os jovens da actual Selecção nacional são o produto dessa vitória do sistema educativo. Também aí, representam Portugal.
Mais um a análise lúcida e pertinente do Alexandre.
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