Olhe-se para este último caso com atenção. O processo que levou ao fim dos exames no ensino básico, substituídos por provas de aferição, foi um desastre desde o início. Acabou-se com exames sem introduzir uma alternativa, criou-se depois uma alternativa que desagradou aos agentes do sector, prometeu-se manter o exame do 6.º ano e afinal eliminou-se o dito exame, assegurou-se a implementação atempada do novo modelo de avaliação e, finalmente, anunciou-se um período de transição em que cada escola fará o que lhe apetecer – umas executarão as provas de aferição, algumas optarão por manter os exames e outras tentarão fugir a ambos. Enfim, uma trapalhada do princípio ao fim. Só que esse fim, o tal regime de transição, saiu da cabeça do Presidente Marcelo que, em comunicado, o justificou com base na previsibilidade social. Se com ou sem razão, não é o ponto. O ponto é que, para promulgar o decreto-lei, Marcelo forçou uma alteração ao seu conteúdo. E Costa assentiu, desautorizando o ministro da Educação.
Num excelente artigo de opinião, AHC explica a causa das coisas: em Belém temos um Presidente forte e em S. Bento temos um Primeiro-Ministro fraco, sem legitimidade eleitoral, cujo único objetivo é manter-se no cargo para continuar a ser secretário-geral do PS.
A Marcelo convém manter a geringonça a funcionar, afinal com um PM fraco, sempre poderá brilhar nas TVs e nas sessões de chã que tem oferecido pelo país.
Parece o Obama, já tem cão e tudo
Costa vai dançar conforme a música de Marcelo.
Nada a opor, dirão os portugueses satisfeitos por terem um Presidente tão aberto e jovial que até parece o Obama.
Contudo, convém nunca esquecer que Marcelo não foi eleito Primeiro-Ministro.
E ao país já basta ter de suportar um incompetente no lugar de Primeiro-Ministro.
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