Mas a invocação do sócio-económico para justificar os maus resultados de muitas das escolas é um argumento não tão inocente quanto possa parecer. Em boa parte a mediocridade dos resultados escolares resulta desse dogma de que no ensino básico e secundário os resultados são proporcionais ao gigantismo dos investimentos estatais e à riqueza das famílias.
Cabe perguntar de que servem pavilhões majestosos recuperados pela Parque Escolar se eles podem ser vandalizados à vontade? De que serviu oferecer computadores a quem não sabe a tabuada? De que serve gastar milhões com um ensino público que certamente por ironia se chama gratuito e que não é valorizado enquanto enorme esforço para os contribuintes e de toda uma sociedade que aposta na formação das crianças e dos jovens?
... Seriam por acaso provenientes de famílias abastadas e perfeitamente integradas os alunos ucranianos que mal chegaram a Portugal se tornaram nos melhores alunos das escolas deste país? Frequentemente nem os pobres são tão pobres nem os ricos tão ricos quanto defende o “sócio-economiquês” para justificar os maus resultados de determinadas escolas. O que muda, e muito, é o que as famílias e os alunos esperam da escola e o respeito que mostram por ela. Helena Matos, aqui.
Reitor
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