Obviamente. Muito Bem Visto.
«Se pensarmos um bocadinho, percebemos que a anunciada “autonomia a 100%” é um disparate: há ou não um currículo nacional em vigor que tem de ser seguido em todas as escolas e a que todos os alunos devem aceder? Desde quando o “perfil do aluno” e outras vacuidades produzidas pela verborreia ministerial se sobrepõem à Lei de Bases do Sistema Educativo e demais legislação estruturante em vigor? Pode uma escola decidir que os seus alunos deixem de estudar Matemática, ou Física, ou Inglês, em nome do direito ao sucesso? Aparentemente sim, pois estamos a falar de autonomia curricular total. Ou então limitamo-nos a brincar com as palavras, em exercícios irresponsáveis de demagogia»
«Também a organização semestral do ano lectivo, uma ideia com alguns defensores entre os professores e, sobretudo, os directores escolares, tem que se lhe diga: por detrás da aparente simplificação de reduzir de três para dois os momentos avaliativos, está uma armadilha para aumentar a burocracia e o controle sobre o trabalho dos professores... O actual sistema, com três momentos de avaliação, dará lugar a quatro ou cinco avaliações anuais, sendo parte delas qualitativas – ou seja, baseadas não na atribuição de uma nota, mas na produção de relatórios ou sínteses descritivas, o que é ainda mais trabalhoso do que uma avaliação formal»
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