Contudo durante os 8760 dias desses 24 anos em que a estrada que liga Borba a Vila Viçosa se ia desfazendo o Estado português perseguiu colheres de pau e galheteiros. Atirou-se com fúria reguladora às bolas de Berlim e ao pão com sal. Arvorando-se líder de um alegado avanço civilizacional, o Estado passou a meter-se cada vez mais na vida das empresas, determinando o sexo dos seus quadros, a linguagem que devem usar e exigindo-lhes catequeses ideológicas sobre igualdade de género. Quis salvar o planeta e logo concluiu que devemos usar papel e não plástico, bicicletas, trotinetas e lâmpadas primeiro de baixo consumo, depois led e depois se verá. A nível local as câmaras foram trocando a engenharia pela sociologia: fechar uma estrada pode tirar votos. Pelo contrário, organizar festas e passeios só gera boa imprensa.
Com autarquias qualquercoisa e um Estado socialista, estão à espera de quê para assumirem as responsabilidades por uma rua desaparecer sob os pés das pessoas e as rodas dos veículos?
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