O absurdo não conhece limites (pág.17):
O número de horas letivas "necessárias" não é igual ao número de horas necessárias para lecionar as disciplinas/anos que existem na escola. Não, nem pensar. As horas letivas necessárias e que os portugueses pagam é o conjunto de horas que são necessárias para completar os horários dos professares da escola.
Traduzindo: se uma escola tem duas turmas de Inglês, a 3 horas por semana, e tem dois professores de Inglês nos quadros, as horas letivas necessárias não são 6 como qualquer português de mediana inteligência poderia supor. São 44. Sim, leu bem, as horas letivas de inglês necessárias são 44 e não 6, pois em Portugal o que é necessário é dar trabalho aos professores mesmo não tendo alunos.
Mas, na página 17 do "manual" há mais "conceitos" claros como a luz do dia:
Portanto, o número total de horas letivas no grupo é igual à totalidade das horas letivas no grupo. Hã! Que dizes?
Atenção, mais uma vez a totalidade de horas no grupo não corresponde às horas necessárias para lecionar todas as aulas das disciplinas desse grupo. Não senhora, correspondem sim à totalidade das horas letivas que o Estado paga aos professores desse grupo. Os que não perceberam à primeira não merecem que se perca tempo a explicar 2.ª vez.
O melhor, porém, está na página 18. Uma hino à cegueira e à nabice:
Vejam bem: por indicador de vaga, ou seja, o número de vagas é igual à diferença entre o número de professores providos num grupo de docência e as necessidades previstas?!?!
Para cálculo das vagas, o ministério da educação faz uma conta de subtrair entre o número de docentes de matemática da escola, por exemplo, pelas "necessidades" não dos alunos de matemática mas das necessidades dos professores de matemática. O número de "necessidades" não é a mesma coisa que o número de docentes que vão à retrete ao longo do ano. Não senhora, o número de necessidades é o número de horas necessárias para preencher os horários de todos os professores de matemática da escola.
Perceberam??? Não?
Confusos?