sábado, 11 de outubro de 2014

Não Há Dúvida Que É Fino... De Espírito. Pena Que Os Alicerces Não Suportem Tamanha Construção


O professor Paulo Guinote desenvolve neste excelente poste duas teorias simples e muito fortes:
Numa defende que a trapalhada nos concursos se deve à sua crescente atomização regional e local.
Noutra defende que a crescente atomização dos concursos de professores serve o propósito político de enfraquecimento da FENPROF.
Duas teorias bem construídas, não há dúvida.
Pena é que os factos mostrem que estão ambas erradas.
Desde logo, porque não houve este ano nenhuma atomização regional ou local dos concursos. Houve sim uma recentralização de concursos que há vários anos estavam fora do alcance do MEC porque estavam nas mãos dos agrupamentos. Todos se lembram das polémicas com os concursos de escola do tempo do zésucatas. Dos critérios de favor das acusações de amiguismo que impendiam sobre os diretores, etc.
Este MEC começou por acabar com a contratação efetuada livremente pelas escolas, introduzindo um "parâmetro nacional" nos concursos das escolas: 50% da ordenação apurava-se pela classificação profissional e os restantes 50% (que agora se viu que eram mais do que 50...) pelos critérios de cada escola, aplicados a tranches de candidatos. Na opinião do MEC!? este método dava muito trabalho e atrasava as colocação dos professores nos agrupamentos.
Este ano, o MEC centralizou tudo: os professores candidatavam-se numa plataforma nacional às bolsas das escolas que nem sequer conheciam. É este concurso nacional de bolsa de contratação que está concetualmente errado e não qualquer concurso local.
Mas também há erros - e o Paulo esquece-se deles - no chamado concurso nacional das necessidades transitórias. O tal que é nacional e em que foram colocados vários professores no mesmo horário e outros saíram do concurso sem que existisse horário. Como se o MEC tivesse interesse em reduzir a zero os horários zero.
 
Portanto, professor Paulo, estes concursos foram os mais "centralizados" após o consulado rodriguista.
Nunca a FENPROF, desde Mariluzrodrigues esteve tão visível mediaticamente nem tão forte sindicalmente. Pergunte ao Professor Mário que ele confirma.


Reitor

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