Cinco anos depois o diretor José Biscaia diz que os resultados lhes dão razão.
É impressionante a facilidade e irresponsabilidade dos que defendem políticas de segregação intelectual. E falam como se tivessem descoberto a pólvora. Burros. Não demorará muito e assobiarão para o ar quando se provar, afinal, que nem há resultados, nem há qualquer razão lógica e coerente para a Escola Pública segregar alunos de acordo com as suas performances intelectuais.
Aliás, este "sistema de diferenciação pedagógica" há! há! há! é, é si próprio, a negação da base matricial da Escola Pública.
É um dos maiores ataques que se fizeram à Escola Pública nos últimos 5 anos.
Notem bem:
Trata-se de um ataque muito maior do que o provocado pelos acordos entre o Estado e as Escolas Privadas, mais grave e mais destrutivo do que o veneno produzidos pela rede GPS e mais grave do que o encerramento de escolas.
A "constituição temporária de grupos de homogeneidade relativa" é uma impostura intelectual: nem a homogeneidade é relativa nem a constituição é temporária.
A "escola pública" do Dr. Biscaia, do Dr. Verdasca e da Dra. Luísa Tavares segrega absolutamente os alunos, em turmas dos alunos menos inteligentes e turmas de alunos com altas performances, ao longo do ano e do ciclo de estudos.
Segregá-los pela altura ou pelo cluster socioeconómico nunca seria socialmente tolerado, mas segrega-los em grupos de homogeneidade relativa com base num sistema de diferenciação pedagógica não é chocante para os portugueses. Pelo menos para alguns.
Há contudo alguns portugueses que consideram chocante a forma como Maria de Lurdes Rodrigues abriu este negócio para os amigos e Crato lhe insuflou oxig€nio.
E há milhões de portugueses que pagam para isto tudo e não viram ainda um único resultado escolar que justifique esta chuchadeira exceto, claro está, os estudos patrocinados pela Católica e pela U. de Évora, realizados pelos que estão a mamar à custa do programa "Mais Sucesso".
Reitor