Bem Visto, Professor Manuel Pereira

Trata-se de uma aritmética que “permitirá aos municípios trocar professores em troca de dinheiro”, critica Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), para quem se trata de uma proposta “no limite, muito perigosa”, porque poderia levar alguns autarcas a “criar turmas de 30 alunos para conseguirem poupar nos professores e amealhar mais dinheiro”

Não demora muito e veremos autarcasmamões a defender que o número ideal de alunos por turma não é de vinte e dois mas sim de 30.
Vejam este apressadinho:

O vereador da Educação da autarquia, Correia Pinto, precisou que o que está sobre a mesa é “uma descentralização e repartição de competências entre os municípios e as escolas, ficando o Ministério da Educação com as questões de avaliação do próprio sistema e a definição de orientações que se pretende que sejam nacionais para garantir a equidade do sistema educativo”.

“Estamos a dois meses do arranque do novo ano lectivo, mas nada impede que o contrato seja assinado em Setembro e que a transição de competências se faça de forma gradual”, admite Correia Pinto

 O problema é velho e os professores são peanuts que não contarão para nada.
A coisa resume-se a isto: os autarcas querem cada vez mais poder e o governo central quer cada vez menos preocupações. O resto é música de ouvido.


Reitor