O professor Guinote falou poucochinho sobre este assunto. A vontade era pouca e, diz ele, o (pre) conceito aconselhou-o a guardar as munições para mais tarde.
Nós sabemos, caro professor, que o problema não está no (pre) conceito nem no momento, nem na teorização sobre lógicas grupais.
O problema está noutras evidências que o título do artigo e o seu conteúdo tentam esconder-nos. Melhor e em síntese, o estudo da UP é mais interesseiro do que o do FMI.
De facto, como bem sabes mas a vontade de o dizer é pouca, se quisessem fazer um estudo sério não comparavam as performances dos alunos de apenas uma ou duas escolas, como fizeram com o Garcia de Orta e o Colégio Ribadouro, para concluirem que as escolas públicas preparam melhor os alunos.
Quisessem dar seriedade ao "estudo", comparavam o sucesso universitário, medido ano a ano, de todos os alunos que entraram na UP provindos das escolas privadas com o sucesso obtido por todos os alunos provindos das escolas públicas.
Então ver-se-ia quem preparava melhor os alunos, se as públicas se as privadas...Também não me apetece agora aprofundar esta teoria.
Mas há outra evidência que coloca "o estudo" ao nível da importância que o país lhe deu. Vale praticamente zero, por uma simples razão sobre a qual ainda não tiveste vagar para teorizar, só pela pouca vontade, bem entendido.
É que tu sabes, como sabem todos os portugueses, que a questão crucial que nos permite avaliar da necessidade de um serviço e também da sua qualidade, seja na educação, na saúde ou noutro qualquer outro serviço fornecido aos cidadãos (que são quem PAGA, nunca o esqueçamos) é o PREÇO.
Mesmo que se venha a provar - e o estudo, na parte que se conhece, não o prova - que as escolas públicas preparam melhor os alunos que as privadas, tal não seria motivo de grande admiração, pois não?
É que a preparação feita nas escolas públicas fica-nos mais cara 400 euros por cabeça que nas privadas... Não é assim que diz o TC?
Reitor
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