quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Um Estudo Pobrezinho Que Devia Envergonhar Quem o Assina, Mas Não Envergonha - Parte I

 
 
O general, na ânsia de defender o (seu) emprego a todo o custo, não teve qualquer pejo em atirar areia aos olhos de quem o lê. Retorceu tanto as conclusões do relatório do Tribunal de Contas que até afirmou que, de acordo com esse mesmo relatório, a educação dos jovens era mais barata nas escolas públicas que nas privadas, o que é falso como se pode ler no relatório.

Agora, percebendo que o barco está a afundar, agarrou-se a esta tabuinha que vagueava em alto mar para ver se não se afogava.
O Estudo é tão aprofundado e (in)competente que nem foram consideradas as despesas:

  • Da algumas rubricas da atividade 192
  • Dos vencimentos do pessoal docente sem atividade letiva (mas que trabalham nas escolas).
  • Dos vencimentos do pessoal não docente (cozinheiras) que trabalham nas escolas.
  • Das despesas de investimento que se fazem nas escolas (pinturas, obras de construção civil, aquisição de equipamentos, software e material informático, as dezenas de milhões de euros gastos (sim, gastos) com o Plano Tecnológico e as centenas de milhões gastos pela Empresa Parque Escolar (p.3).
  • Da rubrica 010108 – Pensões transitórias de aposentação;
  • Da rubrica 010115 – Remunerações por doença e maternidade/ paternidade;
  • Da rubrica 010212 – Indemnizações por cessação de funções;
  • Da rubrica 010303 – Segurança social - Subsídio familiar a crianças e jovens;
  • Da rubrica 010304 – Segurança social - Outras prestações familiares;
  • Da rubrica 010308 – Segurança social - Outras pensões;
  • Da rubrica 010310-PO – Outras despesas de segurança social – Parentalidade;
  • Da rubrica 010310-SD – Outras despesas de segurança social - Subsídio de desemprego. (pags. 3 e 4)
  • As despesas com os alunos nas escolas mais caras do país, colocando-lhes o rótulo de outliers. p.63
  • De 26% (299) das escolas em (1140-841), p.3
E, logo na página 4 surge uma conclusão absolutamente disparatada, digo, absolutamente brilhante:
“Obviamente, mais turmas implica mais professores e mais salas, independentemente do número de alunos na turma. Portanto, a unidade de custeio só pode ser a turma, o custo por aluno terá de ser feito dividindo a turma pelo número de alunos”
Os ilustres subscritores do relatório consideram que a unidade de custeio só pode ser a turma, portanto calculam o custo por turma, independentemente do número de alunos que cada turma contém.
Não alcançaram, obviamente, que se as turmas tivessem os alunos de lei (mínimo 26), o custo por aluno subiria em flecha uma vez que se constituiriam apenas 22.061 turmas e não as 27.313 que refere o relatório na p. 40.
 
O custo total por turma seria de 127.548 euros (2.813.830.479€ / 22.061 ) e não os 103.022 de que se fala na p. 41. Muito mais que os 85.000 gastos por cada turma no privado.
E o custo por aluno seria igual a 4.906 euros e não os 4.786 referidos na p. 41

Claro que a estes custos haveria ainda que juntar os custos com as obras, equipamentos, instalações e pessoal que o grupo responsável, convenientemente, retirou do estudo.
 

 Reitor

2 comentários:

  1. Pois... o meu emprego está em risco!
    Acudam-me!!!!

    Olhá azia fresquinha a toldar a "atitudi"...

    Daqui a pouco estou no friso dos malditos...

    :)

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  2. Halibut e a foda doi-te menos!

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