quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Quando a Realidade Se Impõe Por Si Própria

Os defensores da escola-pública-a-todo-o-custo-e-a-qualquer-preço não ficaram muito satisfeitos com o relatório do TC. O tal que estilhaça o maior dos dogmas que habitam nas calibradas boquinhas dos defensores da Escola Pública: afinal e ao contrário do que sempre disseram, cada contribuinte português gasta mais euros com a educação de cada criança nas escolas públicas que nas privadas.
Afinal, a "Escola Pública", para além de toda a insuficiência e ineficácia ainda nos sai mais cara que a escola privada. A crer no Tribunal de Contas, obviamente.
Depois de publicado o relatório do TC e das suas inconvenientes conclusões, os ideólogos de esquerda começaram a preparar a cartilha para desocultar as lacunas metodológicas do outro relatório que há de vir.
O argumento mais bera saiu da pena do general Guinote neste textozinho onde defende esta brilhante ideia:
O custo por aluno nas escolas públicas é mais elevado que nas privadas porque aquelas têm professores às moscas (os célebres horários-zero que, a seu tempo, merecerão uma tese de mestrado) e as privadas não. Assim sendo, uma boa forma (não problemática, diz o general) de diminuir os custos com a educação, seria transferir os alunos das escolas privadas com contrato de associação para as escolas públicas ocupando os professores que têm às moscas.

O mesmo raciocínio se aplicaria - não fosse em si mesmo demasiado pedagógico - no caso de o agrupamento de escolas das Olaias precisar de contratar professores e no agrupamento de escolas da Damaia estivessem professores sem trabalho: transferiam-se os alunos das Olaias para a Damaia e o problema ficaria resolvido.

Contudo, pelo que se lê nos jornais, parece que os problemas da educação não residem nas escolas privadas. Ainda bem que há escolas privadas.


Reitor

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