Estes três governantes (pessoas que nos governam; pessoas a quem, tacitamente, autorizamos que gastem o dinheiro dos nossos impostos em favor da comunidade) tiveram uma brilhante ideia no ano passado, que se materializou num Despacho publicado em 12 de Agosto de 2005: obrigaram os professores a dar mais aulas por semana do que aquelas que a lei os obrigava (aulas de substituição).
Alguns professores, percebendo que o Ministério da Educação queria fazer poupança à custa do seu suor, pediram que lhes fossem pagas horas extraordinárias. Nada mais natural, pensarão os nossos leitores. Se o ME quer que os propfessores trabalhem mais horas, hão-de ganhar mais.
Pois, se assim devia ser, assim o não entendeu a Ministra. E deu ordens para não se pagar nem mais um cêntimo àqueles que, para além, das aulas marcadas no seu horário ainda davam aulas de substituição.
Em vários pontos do país surgiram queixas dos professores reclamando o pagamento de horas extra, como aliás, estava previsto na lei.
Tira boi, tira vaca e o ME ...nada. Manteve-se firme em não pagar horas extraordinárias aos professores.
Veio agora no "Público" notícia do desfecho de dois processos em Tribunal Administrativo, os quais dão razão aos professores: o ME vai ter de lhes pagar as aulas de substituição como horas extraordinárias.
Caso se verifiquem mais três acordãos idênticos, todos os professores espoliados pela teimosia e pela arbitrariedade deste comité ministerial, poderão reclamar o pagamento de milhares de horas extraordinárias. É muito bem feito.
Vai-lhes acontecer como com a história da repetição dos exames. Permitiram que apenas alguns alunos repetissem os exames que lhes tinham corrido mal e, agora, a mando dos tribunais, têm de permitir que os restantes façam novos exames.
Um governante com vergonha na cara saberia muito bem o que fazer nestes casos...
Da minha parte espero, sinceramente, que a senhora Ministra Maria de Lurdes Rodrigues e os senhores Secretários de Estado, Valter “Reprovado por Faltas” Lemos e Jorge“Sinistro” Pedreira não se demitam... per ora.
Aguardem com serenidade que surjam mais três acórdãos idênticos aos dois que hoje vêm relatados no "Público".
Governante que se preze está sereno e é paciente.
O meu contributo a favor da vida:
"Ninguém cientificamente honesto pode negar ser [o aborto] a morte deliberada de seres humanos em desenvolvimento". Gentil Martins, "Público", 21 /12/2006.
Reitor
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