O absurdo a que os deputados nos conduziram é este: a forma mais rápida que os 203.051 portugueses que no início deste ano estavam inscritos para cirurgia (e muito particularmente os 42 mil que já aguardavam por essa cirurgia há muito mais tempo que o máximo estabelecido) têm ao seu alcance para serem observados por um especialista é manifestar o seu desejo de ser eutanasiados. Na verdade assim conseguiriam ser medicamente assistidos de forma rápida na especialidade de que precisam, como ainda seriam assistidos no estabelecimento público, privado ou de índole social que escolhessem, pois os senhores deputados acharam por bem determinar que “Cumpridos todos os procedimentos o doente pode escolher o local onde quer que seja concretizada a eutanásia”. E esta poderá ser praticada “nos estabelecimentos de saúde do Serviço Nacional de Saúde e dos setores privado e social que estejam devidamente licenciados e autorizados para a prática de cuidados de saúde, disponham de internamento e de local adequado e com acesso reservado”.
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