Se hoje volto ao tema é porque foram divulgados os resultados da última prova de avaliação dos professores (PACC). Em 2490 professores, 854 (34,3%) reprovaram. Entre os 544 professores que realizaram a prova pela segunda vez (porque reprovaram numa edição anterior), mais de metade (53,1%) voltou a não conseguir a aprovação. No global, só 34,7% dos candidatos não deu erros ortográficos – e 36,2% deu três ou mais erros
Tem toda a razão o Alexandre.
E não adianta pintar o cenário de cores mais quentes. Nem dizer os que os que fizeram a PACC não são professores. Ou, para desviar as atenções que não estão a dar aulas.
O que conta é que são PROFESSORES ENCARTADOS. São indivíduos com carteira profissional passada pelo Estado e aptos a dar aulas. Alguns já deram muitas aulas. Alguns dariam aulas se não fosse a prova do Crato.
O que conta é que nunca houve prova de acesso ao exercício da profissão docente e, agora que há, percebe-se da possibilidade de termos milhares de professores nos agrupamentos de escolas públicas (mais de 36% de todos eles), a dar aulas aos nossos filhos e netos e a dar erros ortográficos que se fartam.
Isso é que dói, independentemente da quantidade de hienas que se atravessam no caminho.
Crato terá aqui um trunfo eleitoral para oferecer a Passos. Sem dúvida.
A única boa notícia é que há milhares de docentes no ensino público a quem confiamos sem qualquer reserva a educação dos nosso jovens. Isso é bom.
Coitados dos professores que andam a levar pancada de todos desde Maria de Lurdes Rodrigues
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