A mãe de todas as asneiras acaba de parir mais uma "ideia luminosa" que, por força do aumento das habilitações dos portugueses, "elevará" o nível da educação em Portugal. Pobres diabos que, à força de quererem ficar bem na fotografia de conjunto com os parceiros europeus, fabricam sucesso escolar e habilitações a martelo. Com este malfadado decreto-lei 357, apenas menorizam a educação e os portugueses, dando fracos e contraditórios sinais aos jovens. Não se trata apenas de facilitar a conclusão o ensino secundário, o que até seria louvável se os meios fossem pedagógica e socialmente lícitos. Não. Trata-se sim de um gritante facilitismo que permitirá aos "jovens" obter o diploma do 12º Ano sem realizarem os exames a que estiveram sujeitos todos os seus colegas. A partir de agora e com este decreto, será possível a um aluno dos extintos currículos do ensino secundário, que não concluiu o curso por não conseguir obter aprovação no exame de Matemática, por exemplo, obter o diploma 12º Ano sem mais, sem ter de se submeter a exame como fizeram os seus colegas até ao ano passado, bastando que a classificação interna nessa disciplina seja igual ou superior a 10 valores.
São estas as novas oportunidades cujo objectivo NÃO É melhorar a educação dos portugueses mas, tão só, as suas habilitações. O nosso governo comporta-se como o vitivinicultor sem escrúpulos que, à falta de uvas para produzir o vinho necessário para encher os tonéis do costume, junta-lhe água.
As habilitações a "martelo" produzidas pelo governo, mal-guiado pela DGDIC, mãe de todas as asneiras, elevarão as habilitações dos portugueses, mas deixá-los-ão no mesmo sítio e pior do que aquilo que estão.
Reitor
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