E, por sinal, tantas novidades (e algumas delas curiosas) poderiam ser noticiadas:
- Esteve toda a equipa ministrial presente na tomada de posse e, também, no almoço que se lhe seguiu, nas próprias instalções na zona de Cascais. A minha amiga veio bem impressionada com o Valter (neste encontro achou-o muito distendido.
- Foi um almoço "tipo casamento": a Sra. ministra e ajudantes passeavam-se pelos corredores e pelas mesas convivendo em amenas cavaqueiras com os neófitos e ilustres conselheiros.
- Tiraram-se "fotos de família" para assinalar a efeméride (Estou mortinho para as ver. Já lhe pedi uma, mas disse-me que foi o serviço do ME que as tirou).
- Viram-se, antes e após o almoço, algumas movimentações de "candidatos" a Presidente do Conselho. Muitos sorrisos e simpatias, cumprimentos daqui e dali, enfim, pré-campanha.
- Apareceram 4 candidaturas a Presidente: uma do Porto; outra de Lisboa; outra de Setubal e outra de Santarém.
- Foi eleito à primeira o candidato do Porto. Foi um dos cabeças das listas do Porto, chamado Álvaro Almeida Santos (fiz busca, mas não encontro foto nenhuma na net. Encontrei que o dito é membro do Conselho Municipal de Educação de Vila Nova de Gaia e Presidente desta Escola).
Portanto, havia algumas coisas para dizer...
E sendo este Conselho um órgão de aconselhamento novo, criado pela própria ministra, até me admiro que o ministério, que é pródigo a noticiar o que ainda vai acontecer, esteja tão caladinho num contecimento destes.
O mais natural seria o ME dar publicidade (e que publicidade!) à coisa.
Será que esta ausência de publicidade é a medida da importância que o órgão vai ter?
Será que o silêncio do ME é o sinal da importância que concede a um órgão que ele próprio, ME, criou? Não me parece.
O Me deve estar a guardar o trunfo, para o apresentar em momento politicamente mais oportuno. Agora são os exames que estão na agenda... É preciso deixar render...
Quanto à importância do Conselho das Escolas, que o órgão não vai ter importância quase nenhuma, não tenho dúvida.
Se o ME não dá importância aos sindicatos (organizações que é obrigado a ouvir), porque a daria a um conselho de professores que ouvirá quando e para o que muito bem quiser?
Cá para mim, este conselho será um órgão a quem se pedirão os conselhos que interessam; a quem se incumbirá de pequenas e insignificantes coisas e que se cilindrará ao mais pequeno sinal de autonomia e voz própria.
Oxalá me engane.
Reitor
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