A DGIDC – Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular é uma espécie de galinha poedeira do eduquês.
É a Isthar daquela babilónia designada por Ministério da Educação, em cujo ventre têm medrado todas as fantasiosas e rousseaunianas teses educativas que, desde pelo menos a revolução dos cravos, têm colocado Portugal e os portugueses nos últimos lugares de qualquer ranking dos conhecimentos e das performances educativas dos povos europeus e de outras regiões do mundo. Ficámos sempre em posição desonrosa. Voilá.
A DGIDC tem sido (tem mudado de nome ao longo dos tempos) a mãe de quase todos os males da educação dos portugueses e, pelo que se tem escrito, imbatível e inexpugnável, no confronto com todos os ministros do pós-25 de Abril.
Agora pariu mais uma poia educativa com o pomposo nome de Orientações relativas à Área de Projecto – cursos científico-humanísticos – e ao Projecto Tecnológico – cursos tecnológicos.
Um chorrilho de asneiras. Eis algumas pérolas:
A partir de uma concepção flexível de currículo, a ideia de projecto justifica-se como forma de trabalho cooperativo e interdisciplinar, incorporando nas estruturas curriculares a lógica da construção do currículo, mormente quando o projecto formativo é equacionado como um processo de deliberação decidido a diferentes níveis e fases, e não unicamente como um plano ou produto deixado nas mãos dos especialistas.
A concepção do currículo como processo e hipótese de trabalho em que o aluno é o seu sujeito principal, a concepção do processo de planificação como actividade flexível, interactiva e dinâmica e a concepção do projecto curricular articulado com outros projectos são alguns dos traços, que orientam a acção do professor num contexto de autonomia curricular e que pressupõem a leitura da própria realidade, a identificação de problemas e necessidades e o reconhecimento da utilidade dos projectos e planos de actuação( pp.6-7).
Com efeito, é essencial promover uma educação que confronte os alunos com a necessidade de compreender e agir no seio de múltiplas realidades dinâmicas e complexas, logo de difícil captação e compreensão. p.8
Compreenderam? Ou é de difícil captação e compreensão?
Arre!
Reitor
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