O CCAP, num lamentável acto de justificação de existência, pariu três recomendações de uma assentada, qual delas a mais oca; qual delas a mais palavrosa; qual delas a menos assertiva...
O modelo de avaliação dos professores, já se viu, é um pântano de asneiras "
alimentado da terra e do ar", por
palavras vãs e exercícios bacocos, que só não secou ainda porque uns assalariados do Estado, pagos pela Ministra da Educação, nele vão lançando as "águas" da ideologia e do favor, sim, favor e não fervor.
Vejamos estas duas duas pérolas:
CCAP, Recomendação nº 3No momento da atribuição das menções qualitativas, no que se refere aos níveis de competências evidenciados, é necessário ter em conta aspectos específicos que podem variar no corpo docente (por exemplo, a natureza do vínculo contratual, o posicionamento na carreira e a experiência profissional, as funções específicas exercidas e outros). Esta adequação só pode ser feita localmente, face às realidades concretas do contexto da escola, da turma e do docente
1 - No momento da atribuição das menções qualitativas
NÃO se pode ter nada em conta, simplesmente porque a menção qualitativa é automaticamente calculada em função de uma fórmula que soma ponderadamente classificações e não em função de "aspectos específicos", como defende o CCAP.
2 - O CCAP, numa linha de arbitrariedade e parcialidade na avalição dos professores que, francamente, já supeitava ir ser seguida, vem expor-se com a nitidez dos que pensam que têm o tacho seguro para a vida. Só assim se percebe que defenda que os professores devem ser avaliados,
não pelo seu mérito profissional, mas de acordo com as especificidades de vínculo e carreira: "
a natureza do vínculo contratual, o posicionamento na carreira e a experiência profissional, as funções específicas exercidas e outros". Ou seja, devem ser avaliados mais ou menos, consoante, tendo em conta, etc...
Outra pérola na Recomendação 3A avaliação do desempenho docente é parte de um processo de avaliação mais amplo, que inclui a avaliação das aprendizagens dos alunos e a auto-avaliação e avaliação externadas escolas. Nesse sentido, a apreciação do desempenho docente deveria, na medida dopossível, articular estes três domínios de avaliação e, por conseguinte, tomar em consideração, de forma enquadrada, o contributo dado pelo avaliado para as políticas da escola no âmbito dos processos de auto-avaliação e avaliação externa – de acordo com as oportunidades que a cada docente tenham sido oferecidas.
Os membros do CCAP, adesivando-se bem ao discurso oficial, acham que a avaliação dos professores faz parte de um processo de avaliação mais amplo! Ai faz? E que processo é esse? Quais as suas linhas, fundamentos e contornos?
Segundo os articulistas do CCAP, a avaliação dos professores
deve articular a avaliação das aprendizagens dos alunos e a auto-avaliação e avaliação externadas escolas.
"Portantos", a avaliação dos professores será influenciada por três "domínios"
externos ao profissional ou por três factores não incontroláveis pelo docente: pela avaliação dos alunos, pela capacidade da direcção da escola (a quem compete) implementar processos de auto-avaliação e pela avaliação externa (nas mãos da IGE).
Caros "sábios" do CCAP. E porque não articular, também, a avaliação do desempenho do pessoal docente com:
a) o número de dias de sol ocorridos durante o ano lectivo
b) o grau de instrução dos pais dos alunos
c) os subsídios atribuídos pela Câmara Municipal
d) a avaliação que as finanças fizerem do apartamento que o docente comprou durante o ano
e) a influência produzida pelas pernas da contratada no fluxo arterial do director
f) outras dimensões a articular
Reitor