domingo, 28 de outubro de 2007

A Direcção dos Rankings

Deram de si, os conselheiros... De uma penada, dois pareceres.Paulo Guinote coloca bem a questão: o comunicado é da Direcção ou o Conselho reuniu-se para opinar sobre o assunto? O comunicado não pode ser do conselho pois, a menos que já se realizem reuniões por vídeo-conferência, dificilmente se poderia realizar uma reunião entre 3ª feira(dia de publicação dos ranks) e sexta-feira (dia da publicação do comunicado). A hipótese de o nobre Conselho ter tido acesso às bases de dados antes dos jornais e ter redigido o comunicado antes de publicados os rankings também não se coloca, pois seria admitir que o comunicado foi redigido antes de se saber que tipo de rankings se publicariam.
Curiosamente, por mero acaso, o comunicado vai na linha do pensamento da equipa ministerial. Se eu pensasse mal de Maria de Lurdes Rodrigues, de Valter "Excesso de faltas" Lemos e de Jorge "Sinistro" Pedreira diria, agora mesmo, que me cheirava a esturro e que a ilustre "Direcção" do Conselho das Escolas - vá lá saber-se o que isso é - assinou o papel que lhes enviaram por mail do Ministério.
Como estou em dia de boa disposição, sigo a linha mais suave sugerida pelo Umbigo: Provavelmente, a "Direcção" do Conselho das Escolas manifestou-se contras os rankings porque as escolas que estes directores dirigem não ficaram bem na fotografia. Ora vamos ver: pela lista dos membros do Conselho das Escolas e pelos nomes no comunicado,vemos que os elementos da "direcção" são: Álvaro Almeida dos Santos, João Paulo Mineiro, Maria Teodolinda Silveira (esta última ex-assessora de Augusto Santos Silva na Secretaria de Estado da Educação). Pelos rankings da SIC online, ficamos a saber o resto:



Reitor


Entre o parecer e o ser...

Ora aqui está o "parecer" do Conselho das Escolas sobre o já aprovado diploma da Avaliação de Pessoal Docente.O parecer é, em si mesmo, incipiente. Nada diz de relevante sobre o novo regime de avaliação de professores, excepto se quisermos considerar "relevante" as duas referências explícitas e uma implícita ao "tempo" que parece não haver para aplicar o diploma.

Os Conselheiros reconhecem que é preciso mudar as práticas da avaliação de desempenho, mas que para as escolas puderem fazer esssa tarefa é preciso tempo. E atiram para 2009. Os Conselheiros nada dizem sobre o mérito do diploma.
Por mais que puxe pela cabeça, não consigo perceber o porquê desta omisão. Mesmo que a Ministra tenho pedido parecer, apenas, sobre a aplicabilidade do diploma, como é dito logo na entrada, não se percebe muito bem que um Conselho tão importante nada diga quanto ao conteúdo de um diploma que vai, pura e simplesmente, revolucionar as escolas como nunca depois do 25 de Abril.
Obviamente, interessa à Ministra que o Conselho se pronuncie sobre as pequenas coisas, não vá o dito lembrar-se de emitir precer sobre coisas sérias.
Uma má impressão....

Reitor