sábado, 6 de janeiro de 2007

"E pur se muove"

Ora aqui está.
Afinal, Jorge Sampaio regressou, mexeu-se, está vivo. E naquele seu timbre pardacento lá foi dizendo à Judite, em entrevista na RTP, algumas coisas que, por motivos que não vêm ao caso, não ouvi. Apanhei hoje nos jornais algumas pérolas:

1 - Leu "bocados" do livro 2004 - Percepções e Realidade, mas diz que não está disposto a "andar à cotovelada" com as pessoas com quem se relacionou nos dez anos que passou em Belém.
2 - Em 2004, fez um interpretação correcta sobre o sistema semipresidencialista português, ao não dissolver o Parlamento em Julho.
3 - A "resposta" do povo português deu-lhe razão. Caso contrário, "estaria em muitos maus lençóis até ao final do mandato".
4 - No que se refere à crise de Julho, recorda que até lhe telefonaram chefes de Estado europeus, nomeadamente Chirac e Blair, a questioná-lo se era necessário haver eleições com a ida para Bruxelas de Durão Barroso.
5 - Sobre a sua própria discrição, dixit: apesar de ter convivido com "quatro primeiros-ministros, cinco governos, centenas de ministros e secretários de Estado, dezenas de chefes de Estado" - "nunca ninguém ouviu nenhuma palavra que tivesse sido proferida" nesses encontros.
6 - Garantindo que, ao contrário de Soares, jamais voltará a candidatar--se a Belém ...
7 - Aliás, sempre entendeu que o PR devia dar especial atenção aos anteriores presidentes, aos ex-primeiro-ministros e aos antigos presidentes da Assembleia da República, pessoas que "não podem ser ostracizadas".

Afinal, Jorge, o problema é a ostracização, o esquecimento...Há ex-presidentes que se sentem sós, não é Jorge?

"Ninguém cientificamente honesto pode negar ser [o aborto] a morte deliberada de seres humanos em desenvolvimento". Gentil Martins, "Público", 21 /12/2006.
Reitor

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