Reitor
«Sim, a igualdade de género também me preocupa profundamente: milhões de homens, privados de menstruação ao longo de séculos de opressão apenas mitigada pelo castigo da impossibilidade de incubação de nova vida, sofredores, exigem, com razão, fazer valer os seus direitos sociais de igualdade»
No arranque do ano letivo 2013/2014, inicio por agradecer a todos os agentes e parceiros o esforço e dedicação que colocaram na preparação do mesmo, ciente de que os desafios colocados são imensos, de índole vária e diversa, mas sempre norteados pela melhoria do serviço público de educação, da sua sustentabilidade presente e futura, e pela missão de criar as melhores condições para que cada discente, criança ou jovem, alicerce o respetivo projeto de vida na escola, ancorado pelo conhecimento e pela ciência, por valores e princípios que favoreçam o percurso escolar de sucesso, a formação de bons cidadãos e de bons profissionais.
O país acredita na escola e nos seus agentes diretos, de todos esperando os melhores resultados, porquanto as exigências do mundo hodierno, globalizado e “plano”, reclamam competências, conhecimento, integridade e trabalho, base da superação.
O contexto nacional, por todos sentido e conhecido, com reflexos na organização escolar, tem sido de exigência para a comunidade escolar na defesa da “res publica” com vista ao futuro sustentável, mais justo e solidário. Não só cabe reconhecer o elevado sentido de responsabilidade dos órgãos de direção e de administração escolar mas também reconhecer o desempenho das escolas, que são, por excelência, a instituição de educação onde o ensinar e o ajudar a aprender auxiliam a edificar sólidos projetos de vida pessoal e a melhoria da vida coletiva.
O essencial deve ter primado em todas as ações sobre o acessório, e é essencial focar a ação em aprendizagens significativas e estruturantes; é essencial interagir com os alunos com alma, esse ânimo que move vontades e desperta interesse, acicata a curiosidade e espalha o respeito pelo trabalho do outro.
Estou certo que, na escola, a cada dia, os agentes da educação e do ensino sentem a responsabilidade de educar, a responsabilidade de poder contribuir para o futuro de cada criança ou jovem. Cada Professor é um arquiteto que cria, e ampara na construção, sobre as bases do presente, o futuro do país. Por isso, vale a pena relevar o essencial da profissão no contexto do país.
Aos alunos apelo a que acreditem neles próprios, que são agentes de mudança, centro do processo, capazes de intervir e de mudar, com trabalho, disciplina e persistência, pois, na heterogeneidade, na diferença, todos somos capazes de mais e de melhor, todos temos dificuldades mais ou menos especiais, todos temos necessidades educativas que podemos superar. O imediato em educação não existe, mas, se orientados e metódicos, com objetivos e vontade de vencer e ir mais além, o futuro promete, e porque assim é, quotidianamente, deve cada um ter presente que está a construir o seu futuro de vida, esse que nunca pode ser desconsiderado e ou abandonado. É com este propósito que toda a ação da Direção de Serviços da Região Norte da DGEstE se desenvolve na prestação de serviço público de educação.
Aristides Sousa
Delegado Regional de Educação da Região Norte