segunda-feira, 30 de maio de 2016

Idiotia Nuns, Má-Fé Na Maior Parte Dos Outros

A ESCOLA DO CRIME
Uma pessoa ouve estas erudições e pergunta-se se os respectivos autores as cometem por idiotia terminal ou má-fé. Na primeira hipótese, convinha averiguar qual o tipo de ensino que frequentaram, de maneira a encerrá-lo com urgência. Na segunda, convinha determinar clinicamente o perigo de semelhantes sociopatas para a comunidade. Em qualquer dos casos, até dói ter de lembrar duas ou três evidências.

Há alternativas? Há o ensino particular propriamente dito, presumivelmente mais competente e mais caro. E há as escolas privadas com "contratos de associação". Ou havia, até ao momento em que o senhor ministro do ramo descobriu uma piscina olímpica num colégio na Vila da Feira e resolveu acabar com a brincadeira. Num instante, hordas de indivíduos apaixonados pelo ensino público e que inscrevem a descendência no privado levantaram-se para aplaudir.
De seguida, a título de verdades incontestáveis, desataram a repetir uma série de incontestáveis aldrabices: ao financiar as escolas privadas com "contratos de associação", o Estado prejudica as escolas públicas; as escolas privadas com "contratos de associação" ficam caríssimas ao contribuinte por comparação com o ensino gratuito; as escolas privadas com "contratos de associação" exibem sinais exteriores de riqueza, ao passo que as escolas públicas se limitam ao essencial; as escolas privadas com "contratos de associação" são para ricos e egoístas em geral, enquanto as escolas públicas são para os pobres e as pessoas com consciência social; ao contrário da iniciativa privada, cega pela vertigem do lucro, o Estado vela pelo bem comum; etc
Do mesmo modo, o luxo repugnante do colégio que "atraiu a atenção" do intrépido ministro traduz-se na qualidade das instalações (salas de informática e multimédia, laboratórios, campo de squash e a tal piscina), construídas ao longo de 25 anos mediante financiamentos similares aos de um liceu comum - a atenção de governantes sem distúrbios hormonais teria sido atraída pelos sinais exteriores de desleixo dos estabelecimentos estatais: onde foram parar as verbas?

Num brilhante texto, Alberto Gonçalves desmonta uma série de "argumentos" que têm sido apresentados pelos defensores das escolas públicas, desde logo:
1 - Nas escolas públicas também há charlatães a ensinar e a lavar cérebros às crianças. Não menos que nas privadas.
2 - As escolas públicas não ficam mais baratas ao contribuinte, antes pelo contrário.
3 - É preciso perceber porque é que as escolas privadas têm excelentes instalações, que até causam inveja ao ministro e as públicas estão a cair aos pedaços tendo, sendo financiadas, presume-se, com os mesmos valores por turma que as privadas 80.500 euros/turma.
4 - É um absurdo patrocinar as escolas públicas e privadas. O Estado não tem de financiar escolas, mas sim financiar a educação dos cidadãos.
5 - O estado financia escolas porque a sua preocupação e interesse não é a educação das crianças, nem a justiça, nem a equidade, nem... O Estado financia as escolas para controlar a ascensão social e para domesticar as almas no projeto totalitário das esquerdas.


Ui! Ui! Que Azia




A manifestação dos colégios em Lisboa e o artigo de Rui Moreira No CM deixaram alguns portugueses, especialmente os infetados pelo vírus marxistas, em estado de coma.
A dimensão da manifestação, o civismo dos manifestantes e a bondade das suas reivindicações foram o melhor impulso que se deu nos últimos anos para a causa da liberdade de escolha da escola.
O artigo de Rui Moreira talhou os dentes aos mais acérrimos defensores da Escola Pública (sempre com maiúscula, não esquecer) - da tal que está desajustada e desqualificada,  da tal que é preterida por aqueles a quem deveria servir, da tal onde campeiam a impunidade e a desordem. Os pais e as famílias não querem os filhos na roleta russa.
Foi dose a mais para os defensores da Escola Pública.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Opto Pela Segunda Hipótese: No PCP a Tradição Já Não é o que Era.


Nogueira rompeu com a ortodoxia comunista, ofendeu décadas de idolatria stalinista, pôs em causa a própria identidade do PCP. Um dia destes ainda o veremos a explicar a Rita Rato quem foi Soljenitsin e quão real era a existência dos gulags. Das duas, uma: ou no PCP a tradição já não é o que era ou Mário Nogueira arrisca-se a ter problemas.

Os portugueses não votaram nisto.


O Mal Que a Escola Pública Está a Fazer Aos Portugueses. Há Muitos Professores Infetados Pelo Vírus Marxista




Este trecho escrito pelo professor Alexandre Henriques do "Com regras" ilustra bem a nefasta doutrinação que tem sido feita aos portugueses pela dita "Escola Pública", sempre com maiúscula.
Numa tentativa de deferir mais um golpe nos colégios privados, no caso,  no Didálvi, o professor contrapõe as excelentes instalações deste colégio com as degradadas instalações do Alexandre Herculano, justificando a (falsa) "revolta da escola pública" para com os amarelinhos, precisamente com o facto de o Estado não cuidar das "suas escolas" e subsidiar os colégios privados.
Argumentação KimIlSuniana, falsa em toda a linha e filha da doutrina que a dita escola pública transmite aos portugueses. Preocupante.
1.ª falsidade: o colégio Didálvi pertence tanto à rede pública como a escola secundária Alexandre Herculano, portanto, não "está do outro lado".
2.ª falsidade: não se vê nenhuma "revolta da escola pública", pelo contrário, a revolta que se vê é nas escolas privadas com contrato de associação e que fazem parte da rede pública.
3.ª falsidade: o Estado não financia escolas privadas, como falsamente afirma AH. O Estado financia (paga) os custos da educação dos alunos portugueses, quer essa educação se faça em escolas públicas ou em escolas privadas. E paga ao preço que o próprio Estado estabeleceu por justo.
4.ª falsidade: O Estado não "subsidia escolas privadas" de forma ilegal. O Estado fez contratos com as escolas privadas, os quais foram validados pelo TC. Veremos se virão a ser declarados ilegais como já afirmou a secretária de estado alexandra-sabe-muito-de-leis leitão. Até lá...
5.ª falsidade: há escolas públicas a cair por causa dos governantes socialistas e da grande festa que organizaram para si e para os amigos com a Parque Escolar e não por causa dos contratos de associação. 
Note bem Alexandre, filho dileto da "escola pública", como outros: Há escolas a cair aos pedaços pelas escolhas políticas erradas que os portugueses fizeram em 2005 e 2009 (em 2015 não escolheram mal, mas foram enganados) e não por causa dos privados. Há escolas a cair aos pedaços por causa dos gatunos que têm estado a gerir o orçamento e a comandar os destinos do Estado e não por causa das empresas privadas, entenda-mo-nos.


quinta-feira, 26 de maio de 2016

Estes Têm Toda a Escola Socrática


Às vezes os governos julgam que somos tolos, como julgou o Ministério da Educação, que fez um "estudo" sobre escolas com contratos de associação que é um exercício de manipulação com erros grosseiros.

Faltará contudo explicar outras incongruências reveladoras de uma abordagem trapalhona, para não dizer aldrabona. Um bom exemplo disso é o estranho caso de dois colégios de Fátima que têm uma escola pública perto mas não perdem turmas porque essa escola fica noutro distrito. Diríamos: é um critério. Estranho, mas um critério. O pior é que, noutros locais do país, o mesmo critério não é aplicado e os alunos circulam entre escolas de diferentes distritos, como entre Santo Tirso (distrito do Porto) e Vila Nova de Famalicão (distrito de Braga). O que faz com que as escolas de Fátima sejam diferentes? Ninguém explica.
PS. Já depois de escrito este artigo um leitor chamou-me a atenção para a seguinte coincidência: há apenas 9 concelhos em que as escolas particulares não perdem turmas, e desses 8 são geridos por autarcas do PS. 

Como Os Socialistas Aplicam Os Princípios Da Igualdade e Da Equidade


Três colégios privados católicos, em Fátima, vão abrir turmas de início de ciclo com contrato de associação. Têm escolas públicas a menos de cinco quilómetros, mas essas ficam noutro distrito.


As Voltas Que a Vida Escolar Ainda Pode Dar...

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Um dos critérios que esteve na base da avaliação da disponibilidade de escolas públicas nas mesmas zonas de colégios com contratos de associação foi a existência de uma rede de transportes públicos, que assegurasse a deslocação dos alunos para os novos estabelecimentos de ensino, que podem distar até dez quilómetros de distância. Mas, aparentemente, o ministério ficou-se pela constatação de que estes existem, ignorando os horários em que circulam.


Atenção Paulo, ainda poderemos vir a ver o boomerang executar o corte do corte.

A Mentira Tem Perna Curta e o Alexandrino Volume Não Ajuda à Sua Propagação. Mesmo Que Se Encham Os Pneus.



"O número de turmas de início de ciclo indicado para cada um dos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo refere-se ao número de turmas constituídas para o ano letivo de 2015/2016 e, portanto, ao número que prevaleceria se não fosse feita a análise de carência da rede escolar", p.3

Através do famoso estudo do ME ficamos a saber da grande peta que a Secretária de Estado da Educação - Professora doutora diplomada em direito administrativo, civil, criminal e tutti quanti - Alexandra Leitão nos queria pregar. Dizia a moça que os contratos eram de três anos e apenas financiavam os mesmos alunos durante os três anos de duração do ciclo, ou dito de forma telegráfica:
- em 2015/2016 financiavam as turmas do ano N, do ano N+1 e do ano N+2;  
- em 2016/2017, o contrato apenas obrigaria a financiar as turmas do ano N e N+1 e 
- em 2017/2018 o Estado apenas seria obrigado a financiar as turmas do ano N.
Agora ficamos a saber pelos autores do "estudo" que os contratos dizem respeito a um número fixo de turmas ao longo da duração do contrato, o qual só não se mantém em vigor por ter sido feito o estudo
- em 2015/2016 financiavam as turmas do ano N, do ano N+1 e do ano N+2;   
- em 2016/2017, o contrato apenas obrigaria a financiar as turmas do ano Y, do ano N e do ano N+1 e 
- em 2017/2018 o Estado apenas seria obrigado a financiar as turmas do ano X, do ano Y e do ano N.
Um monumental embuste que a professora-doutora-de-direito-das-leis-de-Coimbra-e-arredores nos queria vender.
Aldra!

terça-feira, 24 de maio de 2016

O Grande Pai Que Nos Protege, Nos Orienta e Trata Da Saúde, Da Educação e Da Felicidade


Vejo uma multidão imensa de homens semelhantes e de igual condição girando sem descanso à volta de si mesmos, (…) Acima desses homens, ergue-se um poder imenso e tutelar que se encarrega sozinho da organização dos seus prazeres e de velar pelo seu destino. É um poder absoluto, pormenorizado, ordenado, previdente e suave. Seria semelhante ao poder paternal se, como este, tivesse por objectivo preparar os homens para a idade viril; mas ele apenas procura, pelo contrário, mantê-los irrevogavelmente na infância. Agrada-lhe que os cidadãos se divirtam, conquanto pensem apenas nisso. Trabalha de boa vontade para lhes assegurar a felicidade, mas com a condição de ser o único obreiro e árbitro dessa felicidade. (…) A igualdade preparou os homens para tudo isto, predispondo-os a aceitar este sofrimento e, até, a considerá-lo um benefício – Alexis de Tocqueville, Da Democracia na América, Vol. II, Quarta Parte, Capítulo VI.





O Assassinato Dos Valores, Da Liberdade e Da Memória





Os Boys Têm Razão Em Dois Pormenores: o Festival Da Parque Escolar Interessou Aos Chuchalistas e Aos Empresários Amigos e Nós Não Votamos Nisto


Para a JSD só há sobreposição de oferta quando existem professores contratados nas escolas (que representam a maioria dos custos) sem ocupação. Uma sala vazia não significa necessariamente uma duplicação de financiamento. Aliás, gostaríamos também de saber o que justifica a despesa na construção de escolas novas onde já existiam escolas com contrato de associação, mas atendendo ao papel do Partido Socialista no festival da Parque Escolar e a sua relação com empresas de construção, a justificação parece estar implícita.


Publica e Mai Nada




A autonomia das escolas está viva e recomenda-se. Vejam como o diretor do agrupamento do Alandroal dá ordens ao delegado regional. 


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Ah! Agora Percebo. Os Contratos De Associação São Prejudiciais Ao Erário Público, São uma Renda Inadmissível Dos Privados, São Uma Sobreposição De Oferta Educativa e Prejudicam a Escola Pública, Apenas Nos Anos Iniciais De Ciclo. Nos Restantes Anos São Ótimos


Trata-se de mera “arma de pressão”, para o representante dos directores das escolas públicas. Filinto Lima garante, porém, que se o argumento fosse para levar a sério, “as escolas públicas estariam em condições de acolher todos os alunos” afectados, nas diferentes áreas geográficas. Por exemplo, no concelho de Vila Nova de Famalicão, onde todas as escolas privadas foram impedidas de abrir turmas financiadas, “há escolas públicas que estão a funcionar a um terço da sua capacidade, logo não teriam dificuldades em acolher mais dois terços de alunos”.


Na verdade, senhor professor-voz-de-todos-os-governos, há alguns portugueses de nomeada que precisavam de levar com um chumbo, com licença, no cu. De  arma de pressão de ar de 3,5 mm para poderem trabalhar no dia seguinte.


Até Que Proves o Que Afirmas, Considerarei Que Estás a Ser ... Demagógico



Mostra lá que contas estás a fazer.
Qual é o orçamento da tua escola? 
Mostra as contas para vermos se o que afirmas corresponde à realidade.
Sei que será difícil saberes das contas da tua escola mas, mesmo assim, fica aqui o desafio. MOSTRA. 


TRAIDORES


A associação que representa os docentes dos colégios com contratos de associação acusou hoje a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) de traição e de ser “cúmplice” de um governo que quer acabar com as escolas onde trabalham. A Fenprof defendeu este sábado o Governo na redução de financiamento dos contratos de associação com os colégios mas garante que irá apoiar judicialmente todos os associados que sejam ilegalmente despedidos daquelas escolas.



domingo, 22 de maio de 2016

Só Agora é Que Temos Motivo Para Reunir


"Este é um documento histórico. Pela primeira vez, todos os presidentes de conselhos gerais e todos os diretores reuniram-se para discutir em conjunto uma causa de todos", frisou Serafim Duarte.
...o  presidente da associação de pais da Escola Secundária José Falcão, António Rodrigues, realçou que "não se trata de uma guerra entre escola pública e privada". "Apenas um pequeno setor das escolas privadas é que vive do `rentismo` e o orçamento tem de parar de alimentar este tipo de `rentismo`". O encarregado de educação elogiou ainda a posição do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues: "Há muito tempo que não havia um ministro a dar passos tão seguros", disse, aplaudido por toda a plateia.

Os presidentes dos conselhos gerais e os diretores dos agrupamentos de escolas de Coimbra reuniram-se pela primeira vez para resolver um grave problema que lhes bateu à porta: o Ministro socialista Tiago Rodrigues, precisava de apoio urgentemente pois os colégios estavam a dar luta.
Liderados pelo Bloco de Esquerda, nas pessoas do dirigente Serafim Duarte e do aderente António Rodrigues, @s diretor@s e @s presidentes dos conselhos gerais juntaram-se no auditório do conservatório de Coimbra, uma casa dirigida pelo Dr. Manuel Rocha, membro da comissão política concelhia de Coimbra do PCP.

Tudo em família, portanto.

sábado, 21 de maio de 2016

A Caixa é Nossa, a Caixa é Nossa



O zépovinlo há de inchar e levar no corpo até criar bicho. O Governo tem 6 meses e já tratou de meter milhões em dois bancos.
Incha Zé para não seres patego.


sexta-feira, 20 de maio de 2016

Mais Um Programa Para Apoiar Os Portugueses Coitadinhos


Alunos que chumbem vão passar a ter tutor

Mais um programa para apoiar os bi-tri-repetentes. 
Tipicamente portuguesa, a política estatal está sempre direcionada para querer ajudar quem não quer, para encher o bolso daqueles que não os cosem, para encher o prato dos que deitam comida fora, para levantar da cama aqueles que dormem descansados, enfim.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

A FCT Podia Pagar As Propinas Dos Alunos Da Escolaridade Obrigatória Que Quisessem Estudar No Estrangeiro Ou Nas Escolas Privadas, Mas Não Paga, Apenas Subsidia Alguns Afortunados.


Segundo Rui Carvalho, que ainda hoje é professor na Universidade de Coimbra, o então aluno Tiago Brandão Rodrigues terá ludibriado a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) ao pedir uma bolsa para pagar propinas na Universidade do Texas (no prestigiado Southwestern Medical Center)  onde se deslocou em Setembro de 2001 para fazer um estágio no âmbito do seu projecto de doutoramento. Isto porque, sublinha Rui Carvalho, a Universidade do Texas não cobrava propinas aos alunos que lá estudavam no regime fixado para Tiago Brandão Rodrigues

Caro Professor Doutor Tiago B. Rodrigues

Há manchas que ficam para sempre. 
O professor Rui Carvalho faz triste figura e é legítimo perguntar que quer ele a estas horas?
O mais certo e em que acredito é o senhor ministro ter-se desprecatado em jovem, um pouco como o Passos com a SS , um azar. Mas, senhor doutorjá devia saber a velha história da mulher de César.
Termino, dizendo-lhe que este incidente não põe em causa o seu escrupuloso respeito pela lei, nem a sua honorabilidade, pudera. Não gaste o nosso dinheiro em tribunais.
Veja este caso como um desprevenido esguicho que se soltou num m0mento de maior alegria.
Apenas, lhe deixa, visivelmente, uma inconveniente mancha nas alvas cuecas que vexa e todos os políticos tradicionalmente usam. 
Fique descansado, que não é mancha suficiente para lhe borrar a honra. 

Aceite os protestos da minha alta consideração


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Guerras De Alecrim e Mangerona


Os diretores das escolas públicas andam de candeias às avessas. Não se entendem. Uns são a favor e outros contra as horas dadas pelo Tiago.
Todos eles terão as suas razões, no entanto em vez de atirarem pedras para o ar, teria gostado de os ouvir falar do número de horas que o Tiaguinho lhes quer dar. 
Afinal, as escolas vão ter mais horas ou menos horas que as que o Crato lhes dava? 

O número de escolas que beneficiaram das horas extra atribuídas por Crato passou de 182 em 2012/2013 para 274 em 2015/2016, o que corresponde a 35% do total de agrupamentos e escolas não agrupadas existentes. Entre as beneficiadas, algumas usaram o crédito extra recebido para pagar a um psicólogo, contratar mais professores ou garantir apoio extra aos alunos.
Cá pra mim, andam atrás de pasto?


Ok. Quanto Nos Vai Custar?



O Governo anunciou que não vai abrir turmas de início de ciclo em 39 colégios privados com contratos de associação, o que representa uma redução de 43% no financiamento a novas turmas.


Mais Um Cromo Que Está a Sair Do Armário. Ainda Falta Um Cadáver. Cadê a Popota?


Já o ex-secretário de Estado da Educação Valter Lemos admite que "em abstrato o ministro da Educação tem competência inspetiva sobre todos os estabelecimentos, privados e públicos, pelo que é discutível se não pode fazê-lo." Garantindo que enquanto teve competências governativas na Educação, de 2005 a 2009, "a questão nunca se colocou", o ex-governante considera ainda assim que "não seria curial se o ME decidisse fazer uma inspeção nos EME sem entendimento prévio com o ministério da Defesa"

terça-feira, 17 de maio de 2016

Tirar Com Uma Mão e Dar Muiiiiiiiiito Com a Outra

Governo quer colégios privados com ensino artístico e profissional


Já se vê o filme todo:
Boa forma de calar as freirinhas e os padres todos: tiram-lhes 100 e dão-lhes 1000. Negócio tipicamente chuchalista.


Prós e Contras: Privado:3 - Público: 0


O danielzinho meteu os pés pelas mãos e deu um triste espetáculo de ignorância sobre a matéria. Triste e com argumentos de eletricista. Foi de carro para o programa e queria que nós pagássemos... Claro que escolheu o Liceu Camões para os filhos. 
O Encarregado de Educação de Palmela esteve melhor que o Daniel: simples e firme nas suas opiniões de encarregado de educação que não conhece mundo para além da margem sul.
O político de Famalicão esteve bem: defendeu as escolas públicas e as privadas do mesmo modo e dando-lhes o mesmo valor. Inteligente, posicionou-se a favor das populações - alunos e pais - e captou mais uns votos lá na terrinha.
Os diretores das escolas privadas estiveram muito bem, com um discurso pedagógico e uma serenidade a léguas do panfletário diretor das públicas que conseguiu, todavia, um feito notável: com uma única genuflexão, lambeu as botas da secretária de estado, fez um bico ao Daniel Oliveira e viu a assistência entregar-lhe o triunfo no mesmo sítio em que o frade entregou ao marroquino Muley Achmet.
Excelente, excelente, a melhor intervenção da noite e a melhor defesa dos alunos e da educação foi dada pela encarregada de educação do colégio de Ruíle!?: serena e firme, defendeu as escolhas dos pais e dos alunos e desmontou a argumentação do danielzinho e da secretária de estado que, para além dos números errados, nada acrescentou ao debate. 
Aliás, achei-a nervosa, sem estofo político para defender a sua dama. Fez o papel de assessora do danielzinholiveira.
Rodrigo Queirós e Melo - pedagogo, sereno, conhecedor - explicou ao Daniel que se o Estado tem falta de recursos deve arranjar o Liceu Camões e as outras escolas degradadas em vez de estar a construir escolas onde não há necessidade. Ou a gastar milhões na parque escolar. 
Parece que esteve no debate uma deputada, mas não reparei.
O que faltou verdadeiramente neste debate foi dar nome aos bois: nomear os que mandaram construir escolas onde já havia colégios, nomear os que contratualizaram em nome do Estado quando havia oferta pública, enfim, dar nomes aos que têm dado cobertura a negócios que têm arruinado o país.  




segunda-feira, 16 de maio de 2016

PSCB - Partido Socialista, Comunista e Bloquista


O PS de hoje não acredita na sociedade – apenas vê soluções no Estado e nos seus “simplexes”. O PS de hoje não acredita na economia – apenas têm esperança que a longa mão do Governo saiba distribuir os fundos que julga poder captar dos planos europeus. O PS de hoje não se preocupa com as empresas, com os bloqueios do mercado de trabalho ou com a sustentabilidade da Segurança Social – adopta antes o discurso da extrema-esquerda contra os mercados e a “precariedade”. Este PS pouco se distingue do Bloco de Esquerda, pois é um PS que não imagina vida fora do Estado, nem está pronto a confiar no livre julgamento dos cidadãos.


Na Mouche


Sim, no PCP fala-se muito contra a concessão de serviço público a privados, mas quando as concessões beneficiam funcionários públicos, como acontece na Saúde com a ADSE, já não há problema. O ponto não é, portanto, financeiro ou ideológico, mas de conveniência. Acreditar que, para a esquerda (Fenprof, PCP e BE), a oposição aos contratos de associação é mais do que uma simples luta por horários e postos de trabalho é não perceber em nome de que interesses se debate a educação em Portugal.



A Escola Pública Das Elites e a Dos Eletricistas


O meu dinheiro, o dinheiro dos contribuintes, deve ser usado para dar mais escolha a quem não tem, para construir uma escola pública diferenciada, autónoma, sem barreiras geográficas, avaliada, responsabilizada e responsabilizante, que não perpetue a pobreza, nem a exclusão, nem a discriminação. Mas isto é uma discussão que não interessa a ninguém, porque os miúdos do Vale da Amoreira têm uma escola igual à dos miúdos do Restelo. Com a vantagem de poderem vir a ser eletricistas. Excelentes eletricistas
A coexistência na mesma zona, de escolas com e sem contrato de associação, que servem exatamente a mesma população, a tão badalada duplicação da capacidade instalada (numa redução da escola a reboco e metragem cúbica), é talvez, e paradoxalmente, um dos melhores efeitos da experiência dos contratos de associação. Permitiu no terreno, e não na Cinco de Outubro, ver o que preferem os pais. E os pais, que querem sempre o melhor para os seus filhos (bonito), escolheram as escolas com contrato de associação. Daqui podem retirar-se consequências diferentes, mas não se pode é fingir que isto não aconteceu
Num excelente abordagem, João Taborda da Gama, põe a nu a demagogia dos modernos defensores da escola pública que não suportam a ideia de os pais escolherem as escolas. A ler. 



domingo, 15 de maio de 2016

Aprende Passos, Aprende.


Excelente artigo do professor Gabriel Mithá Ribeiro que mostra, não apenas os danos que a esquerda - a fenprof, os comunistas e quejandos -  tem causado ao sistema educativo e à educação em geral mas, sobretudo, a incapacidade da direita em assumir um discurso e uma prática diferentes. Sim, seria politicamente incorreto, mas defenderia a educação e o sistema daqueles que os estragam e canibalizam à esquerda.



sábado, 14 de maio de 2016

O Ministro Escolheu Bem Os Defensores da Escola Pública

Quem são os primeiros 100 subscritores

Adelino Pinto (Diretor da Escola Sec. Alves Martins, Viseu), Albino Almeida (Presidente da AM de Gaia e expresidente da CONFAP), Almerindo Janela Afonso (Docente e Investigador da Universidade do Minho), Álvaro Almeida Santos (Diretor da Escola Sec. de Valadares), Amândio Azevedo (Diretor do AE de Idães, Felgueiras), Ana Avoila (Coord. da Federação da Função Pública), Ana Benavente (Docente e Investigadora), Ana Mafalda Pernão (Diretora da Escola de Música do Conservatório Nacional), Ana Sesudo (Presidente da Associação Portuguesa de Deficientes), Aníbal José Mendes (Diretor do AE Frei Heitor Pinto, Covilhã), Aníbal Pires (Deputado do PCP/Açores), António Borges Coelho (Historiador), António Capelo (Ator, Diretor da Academia Contemporânea de Espetáculo e Diretor Artístico do Teatro do Bolhão), António Teodoro (Professor Universitário, Investigador, ex Secretário Geral da FENPROF), Augusto Flor (Antropólogo, Presidente da Confederação Portuguesa das Coletividades), Augusto Nogueira (Diretor da Escola Secundária D. Dinis, Coimbra), Batista Bastos (Jornalista e Escritor), Bernardino Soares (Presidente da CM de Loures), Carlos Carvalho (Diretor do AE Vale de Ovil, Baião), Carlos Pinto Sá (Presidente da CM de Évora), Daniel Oliveira (Jornalista), Daniela Aguiar (Movimento associativo de pais da RA da Madeira), David Rodrigues (Investigador, Presidente da Associação Pró-Inclusão), Élvio Sousa (deputado do JPP/Madeira), Fátima Custódio (ex-Presidente da Feder. Regional de Pais do Algarve), Fausto Bordalo Dias (Cantor e compositor), Fernando Sampaio (Diretor da Escola Sec. de Amarante), Filinto Lima (Diretor do AE Dr. Costa Matos, Presidente da ANDAEP), Filipe Martiniano Sousa (Presidente da CM de Santa Cruz, RA Madeira), Graça Gerardo (Presidente da ACAPO), Helena Roseta (Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa), Heloísa Apolónia (Deputada do PEV), Isabel Gregório (Presidente da CNIPE), Isabel Veiga Simão (Diretora do AE Coimbra Oeste), Joana Dourado (Engenheira, Investigadora e membro do grupo “Segue-me à Capela”), Joana Mortágua (Deputada do BE), João Fernando (Compositor), João Freire (Sindicato Nacional dos Psicólogos), João Jaime Pires (Diretor da Escola Sec. de Camões, Lisboa), João Loio (Professor e Músico), José António Gomes (Escritor e Docente na Esc. Superior de Educação do Porto), José António Pinto (Assistente Social), José Calçada (Presidente do Sindicato dos Inspetores de Educação e Ciência), José Correia (Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local), José Luís Borges Coelho (Maestro e professor), José Manuel Mendes (Escritor, Presidente da Assoc. Portuguesa de Escritores), José Morgado (docente do ISPA – Instituto Universitário), José Morgado Ribeiro (Presidente da CIM Dão/Lafões), José Reis (Presidente da Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes), José Teixeira (Diretor do AE de Marco de Canaveses n.º 1), Kabeca (Manager de Xutos e Pontapés), Kálu (Músico de Xutos e Pontapés), Licínio Lima (Docente e Investigador da Universidade do Minho), Luís Cília (Compositor e cantor), Luís da Conceição (Docente da Fac. de Arquitetura da Universidade de Lisboa), Luís Fagundes Duarte (Docente, ex-Presidente da Comissão Parlamentar de Educação e ex-Secretário Regional de Educação e Cultura da RA dos Açores), Luís Vicente (Ator e encenador da “ACTA”), Manuel Alegre (Poeta), Manuel Carlos Silva (Sociólogo e professor universitário), Manuel Loff (Historiador e professor universitário), Manuel Oliveira (Diretor do AE do Cerco, Porto), Manuel Pereira (Diretor do AE de Cinfães e Presidente da ANDE), Manuel Pires da Rocha (Diretor do Conservatório de Música de Coimbra e membro do Grupo Brigada Vítor Jara), Marco Nunes (Músico de Pedro Abrunhosa e Comité Caviar), Maria Antónia Mendes ʻMitóʼ (de A Naifa), Maria Calado (Professora e membro do CNE), Maria Cândida Brito (Diretora do AE Gardunha e Xisto, Fundão), Maria do Amparo (Cantora), Maria Emília Brederode dos Santos (membro do CNE), Maria João Pereira (Diretora do AE de Proença-A-Nova), Mário Nogueira (Secretário-Geral da FENPROF e membro do CNE), Miguel Tiago (Deputado do PCP), Norberto Pires (Docente da Universidade de Coimbra e Vereador na CM de Condeixa), Palmira Martins (Escritora de Literatura para a Infância), Paulo Cafôfo (Presidente da CM do Funchal e da Associação de Municípios da RA da Madeira), Paulo Costa (Diretor do AE Rainha Santa Isabel, Coimbra), Paulo Estevão (Deputado do PPM/Açores), Paulo Sucena (Membro do CNE e ex-Secretário-Geral da FENPROF), Porfírio Silva (Deputado do PS), Pedro Abrunhosa (Músico e compositor), Raquel Varela (Investigadora e historiadora), Renata Correia Botelho (Deputada do PS/Açores), Ricardo Franco (Presidente da CM de Machico, RA Madeira), Ricardo Paes Mamede (Economista e professor universitário), Ricardo Rodrigues (Presidente da CM de Vila Franca do Campo, RA Açores), Roberto Almada (Deputado do BE/Madeira), Rodrigo Francisco (Diretor da Companhia de Teatro de Almada), Rodrigo Teixeira (Presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve), Rui Matos (Diretor da ESECS/IPLeiria e Presidente da MAG da ARIPESE), Rui Namorado Rosa (Professor na Universidade de Évora), Santana Castilho (Docente e Investigador), Samuel (Compositor, Cantor), Sérgio Godinho (Cantor, Músico e Escritor), Sílvia Vasconcelos (Deputada do PCP/Madeira), Sofia Canha (Deputada do PS/Madeira), Sónia Sky (Cantora e compositora), Soreto de Barros (Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça), Valdemar Parreira (Presidente da Comissão Coordenadora da Federação das Associações de Pais do Concelho de Sintra), Vítor Pereira (Presidente da CM da Covilhã), Zuraida Soares (Deputada do BE/Açores).

Quantos e quais destes 100 insignes defensores da escola pública se servem ou serviram, por si ou por interposta pessoa, dos colégios privados?

Fui à procura de um dos muitos "órfãos de pais vivos", e encontrei logo o vinoalmeida, que há 10 anos atrás tinha ideias claras sobre a liberdade de escolha e as escolas privadas. Ora vejam o que diz este ex-aluno do Colégio de Gaia (Trancoso) e ex-professor do distinto Colégio do Rosário:

Faz sentido que exista um roteiro das escolas de todo o país e a nossa lei de bases devia permitir aos alunos escolher a escola sem estarem restritos ao local geográfico de residência ou de trabalho dos pais. Não é problema se as escolas são públicas, privadas ou cooperativas. É preciso que as escolas pensem o Homem para além do aluno. É preciso projectos educativos com um financiamento que dependa da qualidade do próprio projecto.





Professores Que Se Recusam a Ser Carneiros



Todos descontamos para todos sermos financiados, pelo que o Estado tem a obrigação e o dever de subsidiar todos os alunos por igual, independentemente da escola que eles escolham frequentar, pública, privada, católica, ou outra qualquer. Qualquer outro modo será, sem margem para dúvidas, uma discriminação e limitação da liberdade individual!

Quando o doutor professor márionogueira souber que os 18 presidentes dos conselhos gerais de Vila Nova de Gaia, junto ao Porto, PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS, aprovaram um documento em que dizem expressamente que o Estado deve de financiar todos os alunos por igual, independentemente da escola que cada um frequenta, dá-lhe um enfarte.
Como disciplinado comunista que é, vai irradiá-los da classe. Este, este e estes vão ficar piursos.
Parabéns a estes corajosos professores que em mar alterado pela ondulação de esquerda, mostraram ter espinha.
Fico mais descansado por ver que há professores que não aceitam a pele de carneiro que a esquerda radical lhes quer vestir.


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Querem Ver Que Não Basta a Triste Figura Que o Costa Anda a Fazer. Ainda Vamos Ter De Pagar esta Palhaçada!

Ministério da Educação já perdeu quatro processos por reduzir financiamento de colégios


Como pagamos no tempo da ministra chuchalista Isabel Alçada?

Paulo Santos Silva considera que, tal como a norma transitória aprovada em 2010, o despacho das matrículas para 2016/17 é “inconstitucional e ilegal”. Os argumentos são vários, desde uma alegada violação do Código de Processo Administrativo por não terem sido ouvidas as partes interessadas, até ao eventual desrespeito pelo “princípio da igualdade entre alunos e escolas, já que o critério da proximidade geográfica não está previsto na lei e o Ministério só o que aplicar a quem frequenta o ensino particular”, exemplifica.

Os Mestres Da Educação




Num soberbo artigo de opinião, César das Neves explica ao povo, o que é que está em jogo:

  • O Estado serve as populações e não deve servir-se a si ou aos amigos
  • O sujeito da educação é o aluno, o objecto são as matérias e disciplinas, o instrumento as escolas e professores
  • Se o poder controla directamente o ensino que grande parte da população é obrigada a receber, isso cria terríveis oportunidades de manipulação, doutrinação, demagogia
  • Outro problema é a distorção económica. Criando um monopólio, ou quase-monopólio, em sector tão influente, há inevitavelmente perda de qualidade, desperdícios, oportunismos, corrupção
  • Com emprego garantido, forte influência eleitoral e grande mobilização os (trabalhadores das escolas) passam a ser os protagonistas da educação
  • Ora o interesse da máquina burocrática tem prioridade absoluta sobre a educação da juventude

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Na Mouche


Os vícios públicos das escolas privadas


Uma visão serena, lúcida, contributo incontornável para se perceber o que está em causa sobre a polémica dos contratos de associação com as escolas privadas. Sem necessidade de invocar anjos e arcanjos na luta contra o demónio Estado. Aqui.


Passa a Mocidade Passa...

CEGUEIRA IDEOLÓGICA (in JN de hoje)


De há uns anos a esta parte, quando é preciso desqualificar uma proposta de um adversário, os políticos (ou pelo menos uma parte deles) têm sempre um último argumento de algibeira: a proposta é ideológica. E se é ideológica, é porque não presta. É um argumento pobrezinho mas, pelos vistos, é popular (ou pelo menos foi assim que lhes ensinaram). Como é evidente, só as propostas do adversário se podem classificar como ideológicas.
  (...)
Pedro Passos Coelho qualifica a proposta do ministro da Educação socialista de reduzir, já no próximo ano letivo, o número de turmas contratadas com as escolas privadas, nos concelhos em que as escolas públicas tenham capacidade para acolher os alunos em início de ciclo como "anacrónica", "retrógrada" e, cereja no topo do bolo, "cegueira ideológica" (ainda por cima quando se sabe que também é defendida pelo perigoso comunista que lidera o mais poderoso sindicato de professores).Recoloquemos a questão. Privilegiar os recursos disponíveis na escola pública quando está em causa a gestão do dinheiro dos contribuintes é "cegueira ideológica". Já cortar 1300 milhões de euros, em três anos, na Educação (mais do dobro do que nos exigia a famigerada troika); fechar mais de 2500 estabelecimentos de ensino; reduzir, em quatro anos, o número de professores nas escolas de 141 para 111 mil; e, finalmente, garantir a sobrevivência de escolas privadas com o dinheiro dos contribuintes, mesmo quando não servem para cobrir as falhas do sistema público, só pode ser qualificado como moderno (antónimo de anacrónico), progressista (antónimo de retrógrado), e sem pitada de ideologia (uma coisa tão má que não se deve sequer procurar um antónimo). Há que reconhecer: os adjetivos usados por Passos Coelho são fortes e atrativos. Têm aquela musicalidade e simplicidade que nos permite trautear a música, mesmo sem perceber a letra. Mas também revelam uma certa cegueira. Sem ideologia, que não se pretende aqui ofender ninguém.


Digo eu:

Tenho batido no Tiaguinho, algumas vezes... Mas reconheço-lhe a coragem de ter ido mexer num ninho de vespas asiáticas, sabendo que a colónia iria ficar agressiva e picar até mais não poder.
E aqui, surge a vespa rainha do Passos Coelho à frente, marcando a cadência da marchinha que todos lembramos de tempos que já lá vão: "Passa a mocidade passa, que  a malta grama vê-los passar "(...) acompanhado pelas "freirinhas e os padres todos"... e demais interessados, lançando cantigas ao vento... Cantigas são cantigas, mas a verdade é que comer, toda a gente quer! 
Passos Coelho, freirinhas, dignitários da educação liberal, tratantes (no sentido etimológico do termo) dos colégios privados, Conselho das Escolas e demais correlegionários são - lembremo-nos de "Os putos" - como índios, capitães da malta, armados de fisgas, reclamando o que lhes é devido: - Liberdade, direito de escolha, gritar-se-á, pensando como é bom andar com a barriga cheia. 
Mas, desconfio que quando a tarde cair, como sempre, ir-se-á a revolta, todos se sentarão ao colo do pai Marcelo, é a ternura pelo dinheiro dos contribuintes que volta.
E o Tiaguinho também aprenderá a ser homem.