domingo, 30 de novembro de 2008

RADIONOVELA "A DESGRAÇADA"

O mistério, a paixão, a violência, o sexo...

Numa Novela bem Desgraçada como você tanto gosta!

Cenas do último episódio: Marilú apercebe-se, finalmente, que a menina dos seus olhos, o monstro (ADD) criado com tanto amor, se afundava, enquanto via Albino, O Almeida, e o Álvaro “Graxal” Santos rasparem-se de mansinho. Há que fazer alguma coisa.

HOJE
A INFANTARIA NUNCA RECUA. Dá meia-volta e avança.

Marilú recolhe aos seus aposentos pensativa quando é interrompida pelo contínuo Antunes:
- Dá licença? Tá lá fora o sr. Andione, p’ra uma palavrinha com a D. Marilú.
Marilú pensou rápido: Andione? Itália? Tu queres ver que é um consiglieri daqueles que sabe lidar com os sindicatos? Não como aqueles traditore (traidor) do CE. E para o Antunes:
- Ó Antunes. Que entre… entre…
O homem entra, com la guitarra en mano, tipo Ak47, e sem mais aquela, dispara tronitruante:
- A mi não me gustan las medusas! Sólo de las merlusas…
Marilú não percebeu mas porque tinha recebido instruções para abrir a boca o menos possível, limitou-se a apontar para uma cadeira, e ouvir o que o outro tinha para dizer.
Quando acabou, Marilú não deixou de comentar:
- Ó sr. Andioni , isso é muito bonito mas essa história dos maestros, dos currículos da música é lá com o Walther “Chumbado por Faltas” Lemos…
- Andione, um par de huevos! Me lhaman Andión. Patxi Andión.
- Puxa vida! Não me fale de huevos que me lembro logo de quando me sujaram a furgonete…
- Coño! Huevos quiere decir cojones y maestro quiere decir enseñante, professor… Te digo que basta ya.
Marilú ficou atordoada. As palavras de Andión mexiam com ela quase tanto como as do Primeiro quando, a ela a ao Walther, lhes telefonou.
Decide convocar o seu estafe maravilha: Walther “Chumbado por Faltas” Lemos, Jorge “Sinistro” Pedreira, Margarida “Bufa” Moreira e mais três estarolas, colegas desta, para fazer o ponto da situação. Após o brain storming, em que fingiam pensar, como sempre, é o Walther, quem apresenta a solução:
- Já sei. Vejam lá se me acompanham: o Primeiro não quer que falemos, certo? O Andion anda por aí, certo? A nossa causa é chilena, certo? Os professores nunca entendem a nossa língua, certo?
- CERTO.
- Então, a partir de agora só falaremos na língua de Cervantes. O Primeiro só nos proibiu de falar mas é lícito supor que a proibição só se referia à Língua Portuguesa, certo? O Andión ficará confuso por não saber se está em Portugal ou em Espanha. Quanto à causa, os originais são sempre melhores que as imitações, certo? E os professorzecos mais uma vez serão acusados de nada perceberem, certo?
- POR SUPUESTO! responderam todos, menos a Margarida a quem, de resto, ninguém ligou. Y VIVA ESPAGNA.
- Mas, quem raio é o Cervantes? pergunta a Margarida.
Walther estava delirante e respondeu-lhe:
- É o Camões español. E trauteando: Perón, péron, péron pon pêro, péron, péron. Y salamanca es Portugal!
- Ó Walther, também não é preciso tanto! diz o Pedreira, e além disso, não é Salamanca mas Olivença.
- A mi me gustan las malagueñas, diz o colega alentejano da Margarida.
E logo a Margarida:
- Yo también hablo espanhuel: HODER, HODER… HOSTIAS, ME CAGO EN DIOS, HIJO DE…
- Basta ya! Basta. Pedreira estava um bocado chateado por não saber como dizer o seu nome quando se lhe dirigissem nas reuniões: Pedriera? Pedraza? Pedrosa? Raio de ideia a do Walther.
- A Albino, El Almieda, cuando venga, yo le voy mandar al carajo! anunció Marilú. - Nunca está com nosotros en estas ocasiones… y después siempre sigue embromado…
- Entonces, amigos, à la guerra! Unidos venceremos. Adelante

Cenas dos próximos episódios:
Quem sairá vitorioso deste combate?
Marilú encontrará, por fim a felicidade ao lado de Álvaro?
Agradecimentos ao nosso inspirador e logo patrocinador e personagem da novela (jingle): GRAXAL, GRAXAL (pianissimo) GRAXAAAAL (em crescendo), GRA (pausa) XAAAAAAL (final empolgante).

Narração de: Director-geral

O Último Arrebanhamento

O Ingº Sócrates, desengravatado como se espera de um verdadeiro socialista, acompanhado pela Ministra e Secretários de Estado, pela mão (o Valter ia agarrado à mão do Pedreira), chamou os 130 professores militantes socialistas à Sede nacional no Rato. E foram todos,

"E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (Atos 2:4)

- Mas, camarada ingº, os professores estão desesperados, não acreditam no modelo de avaliação, nem na camarada Ministra. Nos camaradas Valter e Jorge, secretários de estado, nem falar...
Daqui a nada, já nem no Governo e no Camarada Secretário-Geral acreditam.
- Tem razão o camarada da Covilhã. Até temo que, qualquer dia, não sejam apenas ovos que se atiram à camarada Ministra da Educação, nem que seja apenas à camarada Ministra que se atiram objectos ligeiramente contundentes. Qualquer dia é ao camarada ingº Sócrates que atiram. E não serão ovos, mas sim rebos.
- É! muito cuidado que os ânimos estão exaltados. Estamos muito preocupados com a saúde do nosso governo socialista.
Vendo Sócrates que a composição começava a sair dos carris, lembrou-se do Provérbio:

"Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre os teus rebanhos," (27:23)


e fez um ponto de ordem na reunião:

- "Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino." (Lucas 12:32)


E o reino será nosso por mais 4 anos. Só temos que aguentar os camaradas que ocupam o ME até ao Verão. Com mentiras, hipocrisia, falsidade, simulação, assim seja. Tudo é lícito aos olhos do Senhor para salvarmos o rebanho.

"Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho! A espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho direito; e o seu braço completamente se secará, e o seu olho direito completamente se escurecerá." (Zacarias 11:17)

Os professores socialistas ainda levantaram alguns problemas: que o modelo de avaliação era impossível de aplicar; que ninguém acreditava no ME; que todos percebiam que o que interessava ao Governo não era avaliar professores mais sim dizer que se avaliaram professores; que o Governo dizia que a avaliação era importante para a gestão dos recursos humanos da escola mas, afinal, os professores não iam ser avaliados na actividade lectiva; que a avaliação pretendida pelo Governo não era rigorosa, nem objectiva, nem permitia diferenciar desempenhos; enfim, já todos tinham percebido que se tratava de uma birra política do Ing. Sócrates...

Alto lá! Assobiou o Pastor lançando forte silvo:

"E quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes." (Ezequiel 34:17)

Por isso vos aviso: Nada de recuos, nada de suspensões, nada de paragens. Atentos Margarida, Engrácia, Leitão, Vardasca e Luís, não quero nenhuma ovelha tresmalhada nem qualquer anho perdido.

Prá frente é que é o caminho.

Sede agradáveis na transmissão da nossa doutrina, dai a outra face perante as mais dolorosas críticas, espalhai a boa nova de que estamos disponíveis para negociar um novo modelo de avaliação, mas nunca recueis.

E, assim mesmo, acabou a reunião 5 horas depois de ter começado, tendo todos os carneiros, ovelhas e cordeiros regressado às suas casas.

No final, Jorge Pedreira, secretário de Estado da Educação, garantiu que "a disponibilidade em negociar é total: É preciso é que seja sem condições prévias e que os sindicatos não continuem a exigir a imediata suspensão do modelo".

Reitor

RADIONOVELA "A DESGRAÇADA"

O mistério, a paixão, a violência, o sexo...

Numa Novela bem Desgraçada como você tanto gosta!

Cenas do último episódio: Álvaro “Graxal” Santos (jingle: GRAXAL, GRAXAL (pianissimo) GRAXAAAAL (em crescendo), GRA (pausa) XAAAAAAL (final empolgante)) envia uma carrrta a Marilu despoletando uma paixão tórrida p’ra caramba. Só que a carta não era a que toda a gente pensava.
Entretanto… Todos os dias, à mesma hora, algo morde Álvaro de forma angustiante. Resolve, pois, desabafar com Albino, O Almeida, que lhe diz não ter dúvidas ser ele um homem sério. Neste solilóquio são surpreendidos por Marilú que enciumada clama:
- Quoque tu, Alvarus? Eu que precisava tanto do seu apoio, do seu amorrr, e ôcê está de tic tac tac tic com esse aí? Ôcê já não lembra as palabra dele que “está parado, o processo está parado”, que facada nas minhas costas… Será que ôcê não tem um pingo de dignidade, de decência?
Albino, O Almeida estava branco como a cal. Despede-se de Álvaro e parte a galope porque há muito que está vendo a coisa pintando de preto e acha que é melhor sair e tocar o burro para outro lado…
Entretanto Álvaro tenta consolar Marilú, como pode, mas Marilú vai percebendo que tudo se afunda à sua volta.
Mas será que não haverá ainda uma réstia de esperança no meio da neblina?
Não perca o próximo episódio da radionovela Desgraçada em que Marilú reúne seu estafe maravilha e vai tentar botar p’ra quebrá com uma solução geniau para resolver a parada quistá negra.

Narração de: Director-geral

sábado, 29 de novembro de 2008

Cadê os restantes 10?

Foram 23 a votar contra a suspensão!
Pelo texto da deliberação, apenas votaram contra estes 10 PCEs:

Conceição Antunes Sousa - Porto
Maria Luísa Pereira - Porto
Fernando Fernandes Sampaio - do Porto
José Ramos - Porto
Rogério Conceição Bacalhau Coelho – Faro
Carlos José Silva -Faro
Lígia Eudora Figueiredo - Setúbal
Mário Agostinho Alves Pereira – Setúbal
Rui Manuel Costa - Lisboa
Domingos Santos – Lisboa

Sabe-se, por outras fontes, que a mesa também votou contra: 10+3=13
João Mineiro (Vice-Presidente) - Castelo Branco

Teodolinda Silveira (Vice-Presidente) - Setúbal
Álvaro Santos (Presidente) - Porto

Falta identificar os restantes 10.
E também falta identificar aqueles que votaram contra a suspensão no Conselho das Escolas mas assinaram as "moções" de suspensão nas suas escolas! Que os houve...

Alguns dos fundamentos para o voto contra são de antologia e constarão dos anais da história da bajulice nacional.

Prémio "Argumento mais Estúpido":
"a suspensão põe em causa o direito à avaliação dos professores" ex-aequo com "a suspensão põe em causa as escolas que a estão a implementar"

Prémio "Argumento mais Adesivo":
"Não concordo com a apresentação de propostas de suspensão sem existência ou apresentação de alternativa"

Prémio "Argumento mais merdoso"
"...a recusa [pode] colocar este órgão numa posição muito delicada perante a opinião pública e a administração pública em geral".

Reitor

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

TELENOVELA DESGRAÇADA

O mistério, a paixão, a violência, o sexo...

Numa Novela bem Desgraçada como você tanto gosta!

Cenas do último episódio: O Cê É não sabi ondi mooora seu Álvaro. O cafagestchi sumiu e não pôs paz nos desaventos e disse pr'a galera que ia fazê um entrrrrrregamento de uma carrrta. Há um jagunço aí qu'ista´di olho nêli e não tá p'ra graça, não.

HOJE, O MISTÉRIO DA CARTA SUMIDA

Onde está você, Álvaro, que ninguém te vê, hein?
Você está bancando o bandido para botá seu rabo aí numa poltrona, talvez quem sabe, numa das, como é mesmo, das quatro regiões (DRE's) de que fala a musiquinha?

Porque você não ouve antes o chamamaeeeeennto de Marilú?

Si me quieres escribir, ya sabes mi paradero,
Si me quieres escribir, ya sabes mi paradero,
Soy la senhuera miniestra
Primera linea de fuego

Álvaro, tenha dó, garoto. Explique p'ra gata o que você fez da carta, por amorrr di Deus!
Ah! Aí Beijamim


Seu malandro. Você é safado mesmo. Afinal você entregou a carrrrta e foi nisso que deu? Você e Marilú? Não posso crer...

Você inda vai pagar caro Álvaro.

Não perrrrca as cenas do próximo episódio da Telenovela Desgraçada (sai quando Deus quiser): Marilú tem ciúme de Álvaro quando vê ele de nariz na orelha di Albino, o Almeida num tic tac, tac tic meio esquisito... E o jagunço vai botar para valer.


Narração de: Director-geral

APRENDE A NADAR, COMPANHEIRO

Chegam-nos ecos do que se vai passando nas reuniões entre DRE's, CE's e Coordenadores de Departamento.
Com maior ou menor vergonha tenta-se forçar o processo de avaliação a arrancar, como se um morto pudesse andar pelo seu pé.
Mas isso não será o mais importante. O que nos preocupa são já os tiques de intimidação, de desejos já mal camuflados de um poder que gosta de ameaçar e lança às malvas princípios éticos que deveriam nortear a sua postura.
Lembremo-nos do Jorge"Sinistro" Pedreira a dizer que para já não estão previstos processos disciplinares. Para já!!
Lembremo-nos da inefável (ou diz-se inenarrável?!) Margarida "Não Gosto" Moreira da DREN ameaçar com processos disciplinares a quem apelar ao boicote da avaliação.
Cooomo?!!! Só para recordar... Dia 3 de Dezembro, para que a Liberdade também passe por aqui.
Director-geral

É política! É propaganda!

Um texto muito bem conseguido do Professor Gabriel Mithá Ribeiro. Recolocação do problema onde ele sempre deveria ter estado: no espaço político. Na mouche.

«Há trinta anos que os professores não são avaliados» – tem repetido o primeiro-ministro, José Sócrates, secundado pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, não se importando ambos de adulterar a realidade visando efeitos propagandísticos..." (também no Educação do Meu Umbigo) Ler mais

Director-geral

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lotaria de 25.000 euros, com os nossos impostos...

Na segunda edição do Prémio Nacional de Professores, que decorre em 2008, foram premiados cinco docentes, um na categoria Prémio Nacional de Professores e os restantes nas quatro categorias de mérito: Carreira, Inovação, Liderança e Integração

Só falta saber quantos foram os candidatos aos prémios?
Não se sabendo quantos foram os candidatos, ficam desvalorizados os premiados. O M.E. diz que os prémios se destinam a valorizar o trabalho dos professores. Há presentes envenenados...

Director-geral

Só faltava mais esta!

Borrada após borrada... Mais uma.

Director-geral

O que faz falta é avisar a malta!

As habilidades propagandísticas amadoras da parte dos nossos governantes, e do ME em especial, se não morressem pelo ridículo morreriam pela tristeza do seu despudor.
O Conselho das Escolas, segundo se sabe, esteve reunido, ontem, dia 25 de Novembro, tendo escutado esclarecimentos da Ministra e do seu Secretário de Estado, Jorge Pedreira, acerca do Simplex a aplicar ao Modelo de Avaliação proposto.
Ao que se sabe vários conselheiros usaram da palavra assumindo, naturalmente posições diversas sobre o assunto, mas o CE não votou, aclamou qualquer deliberação que contrariasse, anulasse ou assumisse diferente sentido da que o mesmo órgão tomou em 17 de Novembro p.p. e que ia no sentido de propor a suspensão do modelo de avaliação.
Não se sabe quem votou, quantos votaram, qual o teor de tal posição porque simplesmente não houve deliberação.
Pelo que, como é óbvio, se mantém oficialmente sobre o assunto a posição tomada no dia 17 de Novembro.
Será, pois, abusivo da parte do Secretário de Estado, Jorge Pedreira, afirmar que o órgão CE concorda com o processo de avaliação em curso.
Como também será de admirar que o faça, também, o seu presidente, Professor Álvaro Santos.
Aliás, e a talho de foice, porque ninguém pergunta ao Sr. Presidente do CE qual a razão da sua presteza em transmitir à comunicação social a pseudo tomada de posição do órgão reunido em 25 de Novembro e não usou do mesmo critério quando, legítima e legalmente, o Conselho das Escolas votou a favor da suspensão?
E o Conselho não toma posição? Nada diz? Nada diz quando o papagaio louro de bico dourado (Presidente do CE) não leva a carta (Deliberação do CE) ao seu namorado (Ministério da Educação)?
De facto o que faz falta é dar poder à malta…

Director-geral

domingo, 23 de novembro de 2008

A Caixinha de Pandora

Por modéstia, designei-a como "anúncio publicitário" embora, na altura, me parecesse mais que isso. Uma encomenda. Ontem o Paulo voltou a falar do assunto, noutro registo: deu voz à denúncia de alguns professores da escola de Beiriz.
Enfim, exigências de um blog com mais de 4.000.000 de visitantes, a todos os títulos notável.
No caso do Educação S.A., embora sérios (a) não temos pretensões a nenhum título, nem ranking.
Depois de ter escrito sobre a reportagem do PÚBLICO, também recebi vários e-mails com denúncias de fazer cair os queixos. Não sei se são verdadeiras ou falsas ou assim-assim. Para o caso, isso pouco importa. O "caso" aqui é o de sabermos até que ponto a realidade-real é diferente da realidade-comunicação social. Ou, simplesmente, até que ponto é que a realidade virtual é, ela própria, a realidade?
A comunicação social pode fazer e desfazer mitos sobre a escola, fazer e desfazer exemplos de boas e más escolas, de bons e maus líderes, vender Presidentes da República, enfim, a realidade construída pela comunicação social é uma evidência que não podemos ignorar.
No caso da Escola de Beiriz, retirando os adjectivos e ficando com os factos, parece que:
- As abóboras, os nabos e outros legumes com que a PCE recebe as autoridades políticas - dizendo-lhes que são artigos que os alunos trazem de casa tal é a vontade de participarem na vida da escola – são, afinal, colocadas na escola por um agricultor a pedido da PCE;
- E o pão com que se alimentam as crianças e os adultos é fabricado numa padaria local e não pelos alunos do curso de panificação nas instalações da escola, como se diz na reportagem;
- E, segundo consta, o Estatuto de Aluno não é aplicado, tal como consta do diploma, na escola de Beiriz;
- E os professores sentem um ambiente de trabalho de tanta liberdade e democracia que nem sequer se lhes ouve um pio de contestação à avaliação: seja para fazerem uma RGP ou aprovarem qualquer moção ou documento, muito menos para participarem em manifs;
- As aulas de substituição não existem na escola de Beiriz;
- Os alunos não têm acesso aos apoios previstos no Despacho nº 50/2005, tal como lá estão previstos.
- O Decreto-Regulamentar nº 2/2008 - avaliação dos professores - não se aplica na escola de Beiriz;
- Nem a legislação sobre horários e distribuição de serviço docente, nem a legislação sobre avaliação de funcionários - SIADAP são cumpridas como prevê a legislação.

Enfim, tirando o facto de me dizerem que nenhuma lei se aplica, de fio a pavio, na Escola de Beiriz, porque a Directora as interpreta todas de forma a adaptá-las à realidade da escola, dizem-me que a Escola de Beiriz é uma escola como as outras, nuns casos melhor e noutros, pior…

Quanto aos resultados dos alunos, o sucesso é tal que se estuda já a hipótese de haver algum factor natural, sei lá, uma espécie de micro-clima ou um outro factor geológico que esteja a tornar Beiriz num caso único a nível nacional.
O professor responsável por este estudo é o nosso conhecido José “A Favor-Contra-Mais ou Menos-Assim-Assim, o Processo de Avaliação dos Professores” Matias Alves, como se pode deduzir pelo desejo, sede e procura do conhecimento .
Reitor

sábado, 22 de novembro de 2008

Eu, Socialista, Me Confesso

...
Manda também um mínimo de decência política que as medidas de fundo, o que nem sequer é o caso, sejam tomadas pelos decisores, com independência de espírito, autonomia e sentido de responsabilidade e autoridade (no sentido de autoria), sem necessidade de recorrer a truques de baixa política demagógica e populista como a promoção de campanhas vexatórias de “assassínio” de carácter e o denegrir de imagem pública contra grupos profissionais como a que foi levada a cabo, escusada e contraproducentemente, por este Governo, com evidente desonestidade política e intelectual. (É certo que só se pode exigir honestidade intelectual a quem tem “intelecto” o que não tem sido evidente).
Este Executivo com um ME sem política autónoma, com uma equipa que aceitou o nada dignificante papel de “rosto” de um conjunto de directivas vindas de fora, manifestando evidente desconhecimento do meio, muitíssima falta de tacto, muita arrogância e prepotência, evidenciando uma total ausência de espírito democrático e um aventureirismo insensato mascarado de “coragem”com recurso constante a ameaças, insinuações e mentiras, reiterando declarações caluniosas como “ as Escolas são um caos organizativo” (a este propósito, não eram, agora mercê da tal “política educativa” aproximam-se perigosamente dessa situação) e “os professores mais antigos estão numa espécie de pré-reforma “ e outros chorrilhos afrontosos e semeadores da cizânia social como a de que “perdi os professores mas ganhei os pais” e ameaças mais ou menos veladas, como perante a pergunta de jornalista sobre “o que irá acontecer aos professores dos últimos escalões que não concorrerem a Professor Titular”, a resposta foi: “ Por enquanto nada”, afrontas ao Provedor de Justiça, ao Procurador-Geral da República e aos Tribunais como aquando da afirmação de que os Açores não eram “território nacional”, alguma brejeirice indigna à mistura como quando a Sr.ª Ministra disse no “Prós E Prós” da RTP a uma professora de cabelo claro que “não era loura” e ainda recentemente ao acusar os professores de “chantagem” e um sem número de exemplos de cinismo, sarcasmo e truculência dos dois Secretários de Estado (Lemos e Pedreira), a utilização sistemática de um “pai” vitalício, o senhor Albino, que sendo um parceiro negocial como os outros, surge publicamente como que integrado no staff ministerial, destilando veneno e ódio sobre os professores e instigando publicamente a perseguição dos “hereges”, o “papismo” de sinistras personagens como a Directora da DREN (ex-sindicalista radical com o excesso de zelo típico dos recém-convertidos) em perseguições ad hominem a adversários políticos e falo do famigerado caso do dr. Charrua (ex-deputado do PSD), a visitas da PSP, desconhecendo-se a mando de quem, a sedes de Sindicatos nas vésperas de grandes manifestações, onde por duas vezes no mesmo ano mais de 100000 professores na primeira e mais de 120000 na segunda, três quartos da classe, certamente todos incompetentes, mandriões e calaceiros desfilaram ao sábado em Lisboa.
Não, José Régio (José dos Reis Pereira), António Gedeão (Rómulo de Carvalho), Joel
Serrão e Vergílio Ferreira que, entre tantos outros, foram professores do Ensino Secundário não se reveriam nesta “política educativa” e se calhar seriam avaliados com “Insuficiente” ou “Regular”neste modelo de (pseudo) avaliação.

Eu pela minha parte e considerando que depois das patéticas declarações de ontem, 20 de Novembro, em que a Sr.ª Ministra sempre tutelada pelo “sombra” Silva Pereira (ou pelo “eco” Santos Silva), que veio com toda a “candura” reconhecer, aquilo que toda a gente menos os apparatchiks do costume e o set propagandístico da alarvidade (o “bichano”, porque filho do “tareco”, Sousa Tavares, Emídio “The Black and Decker Master” Rangel, Vital ”The Renegade” Moreira e tutti quanti) desconheciam, que o processo tem “erros teóricos de concepção “ e “extremas dificuldades de ser posto em prática” como ontem acabou por reconhecer a própria Professora Maria de Lurdes Rodrigues que com certeza, ainda não avaliou bem o grau de anomia e de entropia que ela e sua equipa foram capazes de introduzir no Sistema e que neste momento constitui um “cadáver” político, entenda-se, adiado. ...
(António José Ferreira (Professor, Socialista e tudo)

Reitor

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Hipocrisia, Falsidade, Simulação

"Tenho que reconhecer que não demos às escolas todas as condições para fazer bem. Mas estamos a tempo de dar essas condições", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues. Negando alguma vez ter dito que o excesso de burocracia é culpa das escolas, a ministra admitiu que "uma parte" desse problema deve-se "aos próprios instrumentos que o ministério produziu".

Bom, se MLR demorou cerca de 1 ano a reconhecer as insuficiências do modelo, então é lícito pensar que MLR esteja novamente enganada. E que ainda não estarão criadas nem foram dadas às escolas todas as condições necessárias para se fazer bem a avaliação dos professores.
Por outro lado, se "uma [pequena] parte" do problema da burocracia se deve "aos próprios modelos que o ministério produziu" podemos admitir que outra parte se deve às escolas.
Ou seja, nem agora que se viu obrigada a recuar, reconhece que o seu modelo de avaliação era impraticável. Mesmo agora, depois de pedir desculpas aos professores e colocar próximo da gaveta a sua mais marcante medida política (e não me venham falar do modelo de gestão que isso é desviar as atenções, porque a medida política que deixaria marca era esta, a avaliação dos professores), mesmo agora, as suas declarações os seus sorrisos forçados e o seu ar de quem sofre uma permanente obstipação, não conseguem disfarçar uma intolerável e hipócrita reserva mental: Maria de Lurdes Rodrigues pensa, no seu íntimo, que está certa, que o modelo de avaliação é bom, que as escolas não sabem interpretar, que as escolas não querem fazer, que são as escolas que estão a fomentar a contestação e que os professores não querem ser avaliados.
Nunca lhe passou pelo cérebro que cometeu erros políticos básicos como o de não chamar a si os professores; nunca lhe passou pela moina que o seu comportamento arrogante, presunçoso e falsamente, muito falsamente, humilde era perceptível por todos aqueles que a viam e ouviam, como ontem na TV. Não. Nem pensar. Eu marcho certo, a restante companhia é que marcha ao contrário, pensou ela.
É deixá-la marchar.
Reitor

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tudo na mesma

Quem ouviu agora MLR nas TVs viu uma mulher desesperada no meio do oceano, tentando apanhar a bóia que a salve. Não tem salvação. Acordaremos numa segunda-feira qualquer com a TSF a dar a boa nova: há um novo ministro da educação.
Abandonada, desesperada, falando, falando sempre como que a tentar impedir que a água lhe chegue aos pulmões, MLR continuou a mentir.
Durante mais de um ano andou a dizer que o modelo era bom, que era para levar avante que não cedia. Agora diz-nos que há três grandes áreas de falhas técnicas no modelo. Mentirosa.
Intransigência, teimosia, prepotência, mentira, meia-verdade, má condução política, erros atrás de erros… Foi esta a sina de MLR.
Um mulher que nunca hesitou em mentir, agora, para ganhar as poucas migalhas que via pelo chão, perdendo, logo, o bolo inteiro.
Uma ministra e uns secretários de estado que revelaram sempre as pequenas falhas de carácter que caracterizam às más reses.
Lutem professores, lutem como nunca lutaram. Lutem já em 3 de Dezembro.
Para que a mentira e a falsidade desapareçam do ensino.
Falta apenas um sopro.Reitor

Onde foi que já ouvimos isto?

O ministro da Educação, Xavier Darcos, que tem supervisionado a reforma das escolas do Estado, disse que ouviu os professores mas que os sindicatos dos professores tinham de mudar a sua atitude entrincheirada

Reitor

Momentos Dolorosos...

No PÚBLICO de 3ª feira, na edição impressa, surgiu uma reportagem sobre a escola EB2-3 de Beiriz na Póvoa do Varzim.
Numa espécie de anúncio publicitário, Natália Faria do PÚBLICO conta-nos que, ... Segundo consta, é uma das poucas onde a avaliação está a ser cumprida e nos prazos
Os alunos têm sucesso
A indisciplina é residual
Fabricam o pão que comem
"É a nossa cultura de escola que leva a que estejamos nesta avaliação de forma pacífica", introduz Maria Luísa Moreira, presidente do conselho executivo.
É uma escola com cultura
Pacífica
Diferente
Com avaliação permanente
Onde se pratica a co-docência
A observação de aulas
A interacção permanente
As portas encerram às 18h30
É uma escola onde "Queixas sobre reuniões intermináveis, não se ouvem"
Tem um corpo docente excelente - 50 ou 60 professores
E uma Presidente de Conselho Executivo que participa nas reuniões de família
Reitor

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ou é burro ou come m… de mocho

O Álvaro Santos, Presidente do Conselho das Escolas, é uma vergonha…
Ontem, no debate da SIC Notícias, quando questionado sobre a posição do Conselho das Escolas sobre o modelo de avaliação de professores que “aconselhou” o Ministério da Educação a suspender o processo, gaguejou, retorceu-se e miseravelmente procurou desvalorizar uma tomada de posição maioritária e democrática do órgão a que preside.
Que o Álvaro Santos é um pau-mandado (ou dir-se-á cão mandado, tenho dúvidas sobre a expressão), do ME já toda a gente sabe… Faz o frete à Ministra, nunca se assume com hombridade talvez, quem sabe, sabujamente, à espera de qualquer prebenda…
Mas ontem, o Álvaro Santos ultrapassou todas as marcas. Desprestigiou o órgão, ofendeu a dignidade dos conselheiros mesmo dos que votaram contra a posição “Suspensão do Processo de Avaliação” e defecou sobre a própria figura da presidência. Não foi capaz de, assertivamente, afirmar qual a posição do Conselho antes preferiu desvalorizá-la com expressões como: “Mas, suspender, até quando?”, “Suspender um dia, dois dias? (...)” e outras que tais…
Por muito que lhe doesse o sentido de voto da maioria dos conselheiros, eticamente, só poderia como presidente, relatar o que se passou mesmo que tal contrarie as suas convicções pessoais.
Mas não. Com a tibieza a que desde há muito nos habituou não assumiu as evidências.
A lata com que fez isto suscita-nos muitas perplexidades. Daí, fatal e recorrentemente, nos vir à ideia a expressão “Ou é burro ou…”

Director-geral

Frases Assassinas

«Perante a demissão do presidente do CE, que aconteceu em Julho, fiz o que me competia, que era nomear uma comissão administrativa provisória. Nomeei-a e para a liderar escolhi precisamente o professor demissionário, que é simplesmente um dos melhores presidentes executivos com quem tive oportunidade de trabalhar»

Não queria estar na pele deste Presidente do Conselho Executivo. Se Margarida Moreira o considera "um dos melhores" com quem teve oportunidade de trabalhar, então estamos entendidos. Coitado do homem, se para a Margarida é bom, então é realmente fraco; se diz que trabalhou com ele, então não é propriamente um homem, será mais uma espécie moço de recados; se o elogia, não presta, se o evidencia, não vale; se disser que sabe, é ignorante, se disser que é baixo, será alto e assim sucessivamente....
Reitor

Não se deve serrar o ramo onde apoiamos os pés

Em resposta a uma pergunta do Ramiro:
"Pergunto: como é possível que os professores do básico e secundário que integram o CCAP ainda não tenham apresentado a demissão"?
aqui citei o nome dos professores dos ensinos básico e secundário indicados por várias instâncias para o CCAP.
O Ramiro, teimoso, insiste no óbvio.
Não o vou deixar a falar sozinho.
Os elementos indicados pelo Conselho das Escolas são estes ilustres senhores:
Fernando Paulo Mateus Elias, presidente do conselho executivo doAgrupamento de Escolas de Colmeias — Leiria;
José Alberto de Queirós Ramos, presidente dos conselhos executivo,pedagógico e administrativo da Escola Secundária João GonçalvesZarco, em Matosinhos;
Rogério Conceição Bacalhau Coelho, presidente dos conselhos executivo,pedagógico e administrativo da Escola Secundária de Pinheiroe Rosa, em Faro.

Agora que o Conselho das Escolas, a que pertencem, chumbou o modelo de avaliação e pediu à Ministra a respectiva suspensão (ainda não me contaram como é que foram capazes de tal coisa!?!?!), pode-se dizer que estes senhores já não terão muito que fazer no CCAP.
Não sei se estes ilustres gestores fazem parte do rol daqueles que votaram a favor da suspensão do modelo. Nem isso interessa para caso.
O que interessa é que, tendo o órgão que representam decidido pela suspensão do modelo, estes senhores já não têm legitimidade para integrar o órgão que emite recomendações sobre a matéria, pois não? Ou têm?
Reitor

terça-feira, 18 de novembro de 2008

"O que importa é que a educação vença"!

Agora que o conselho das escolas chumbou o modelo de avaliação dos professores, Maria de Lurdes Rodrigues perdeu a muleta em que se apoiava desde Março de 2008.
Pelo que se percebe e pelo que diz o Presidente do Conselho das Escolas, "o que importa é que a educação vença". Venceu! Falta saber a quem se encostará Maria de Lurdes a partir de agora. Quem é que lhe dará ouvidos para além dos Secretários de Estado, dos Directores-Gerais e Regionais e do Ingº José "Universidade Independente" Sócrates.

Falta saber porque é que nem a Ministra nem o Presidente falam da suspensão do processo defendida pelo Conselho das Escolas , uma autêntica bofetada de luva branca na Ministra, coitada, e um furo no porta-aviões.
E porque é que o Conselho veio, agora, inflectir em 180º as suas posições anteriores?
Até agora era exequível, agora deve ser suspenso!?
Até agora era um bom modelo, o único disponível, agora deve ser suspenso!
Que bicho mordeu estes consiglieri?
Já vi num dos comentários deste poste que a votação foi de 23-30, presumo que 30 a favor das suspensão e 23 contra.

Ora bem, falta a cereja no bolo: Alguém pode identificar os Presidentes dos Conselhos Executivos que, no Conselho das Escolas, votaram contra o pedido de suspensão da avaliação?

Reitor

Até quando, Álvaro, abusarás tu da nossa paciência?

Vejo a notícia no Expresso e pasmo!
O Presidente do Conselho das Escolas, depois de uma votação em que a maioria dos membros do Conselho solicita a suspensão do Modelo de Avaliação de Desempenho, nada mais tem a dizer do que banalidades e nem sequer dá conta do sucedido?!!!
Ele que deveria, pelo papel que desempenha, ser o porta-voz do Conselho junto da comunicação social, atreve-se a calar e a não dar conta do que se passou?
Que miséria intelectual! Isto é ofensivo para a dignidade do órgão e dele próprio. Simplesmente asqueroso.
Que a torrente que há-de levar a Ministra o carregue também.
A bem da salubridade...

Director-geral

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

ÚLTIMA HORA: Conselho de Escolas "chumba" modelo de avaliação

O Conselho das Escolas, órgão criado pelo actual Ministério da Educação, acabou de votar há poucos instantes, a suspensão do Modelo de Avaliação de Desempenho dos Professores.

E agora Senhora Ministra?

Reitor

Última Hora

Soube agora que o Governo vai reunir-se hoje com o Conselho das Escolas.
O Conselho das Escolas representa todas as escolas do país junto do Governo e o Presidente já veio dizer que em 25 anos de trabalho nunca viu tanta confusão nas escolas.
Espero que, desta vez, o Conselho das Escolas diga ao Governo aquilo que se passa nas escolas.
que cumpra o seu papel e não se ponha contra os professores como aconteceu da primeira manifestação em 8/03.
Reitor

E Agora?

Uma manif gigantesca em 8/11!
Uma boa manif em 15/11!
Todos os Partidos da oposição a dar uma ajuda;
A Conferência Episcopal a puxar as orelhas ao Governo!
O Sindicato dos Inspectores a desancar no ME: instrumentalização, governamentalizção, falta de cultura democrática, autoritarismo, opacidade, arbitrariedade....
O Manuel Alegre a afastar-se deste ME, autoritário do quero posso e mando...
Os CEs de Coimbra e de Viseu a reclamar a suspensão do modelo de avaliação.
A Ministra a tentar salvar-se! O Ingº à espera da carta da Ministra, enfim...
Que passos dar a seguir?
Que podem fazer mais os sindicatos, as escolas e os professores, para além da não participação no processo?
Acho que podem fazer mais algumas coisas:
1 - Continuar a reclamar a suspensão/substituição do modelo de avaliação.
Que fazem os PCEs do Porto? E de Lisboa? E de Braga, Leiria e de tantos outros distritos? Será que acham possível aplicar este modelo? Força com documentos cá para fora.
2 - Adiar, adiar tudo até ao último dia.
3 - Esclarecer bem todas as consequências de não participação no processo (fora a não progressão que a esta já ninguém liga).
4 - Esclarecer, junto dos alunos e dos pais, as razões da insatisfação de forma a que se solidarizem com a luta dos professores (atenção: isto não tem nada a ver com ovos e tomates).
5 - Apelar aos Conselhos Gerais Transitórios para contestarem - com base na sua legitimidade de representantes da comunidade escolar - o modelo e as respectivas consequências para a escola.
6 - Pôr as Câmaras Municipais ao barulho.
7 - Tornar públicos os modelos de avaliação das escolas privadas, das melhores...
8 - Contestar legal e politicamente, denunciar e ridicularizar as fragilidades do modelo: os professores serem avaliados pelas notas que dão aos alunos; os avaliadores possuirem menos habilitações que os avaliados; os avaliados precisarem de suspender a sua actividade - leccionar - para serem avaliados e despenderem o seu tempo de trabalho na avaliação; os enormíssimos e nunca publicitados custos do processo, que levariam qualquer empresa à falência, enfim, enfim... Coragem e NUNCA BAIXAR OS BRAÇOS.
Reitor

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Estertores Finais

Já não faltam muitas horas para que MLR e os improváveis Secretários de Estado, Valter "Excesso Grave de Faltas" Lemos e Jorge "Sinistro" Pedreira, recebam a extrema-unção.
O destino deles está traçado desde Março de 2008.
Na altura escrevi que a ministra MLR não tinha condições políticas, nem funcionais, nem de confiança pessoal para continuar a dirigir a Educação. Ninguém lhe dará crédito e todos estarão à espera que se vá embora. São estes os dados políticos: não adianta a Sócrates dizer que a segura, nem a ela dizer que quer trabalhar, nem se é uma excelente técnica ou não, nem se fez muito ou pouco, nem nada. Estava politicamente morta.
De então para cá, apodreceram mais algumas maçãs.
Os professores estão na rua, em maior número do que em Março.
Os alunos criticam o seu próprio estatuto, a Lei nº3/Porreiro Pá/2008. E lançam uns ovos e tomates (que desperdício) aos três governantes.
O ambiente escolar está horrível.
Novembro está a acabar e os professores por avaliar.
A Ministra não tem credibilidade junto de ninguém; o Primeiro Ministro, Ingº José "Novas Oportunidades" Sócrates vem falar à televisão sobre educação, qualidade das escolas, do ensino e outros lugares comuns. Ao que isto chegou...
O Governo insiste em lançar ameaças veladas aos professores. Acena-se com processos disciplinares dizendo-se que não haverá nenhum.
O Governo diz que a lei é para cumprir. Como se os professores tivessem de ser os únicos portugueses, papalvos, que tivessem de cumprir a lei deste país.
País que mingou desde que a Ministra disse no Parlamento que a avaliação do desempenho era um serviço público do interesse nacional e veio o Alberto João Jardim dizer que, na Madeira, todos os professores teriam Bom por decreto.
Enfim, o desespero é tal que já recorrem ao Albino "Esmolas" Almeida para amedrontar os alunos, pelo menos os maiores de 16 anos.
Até o Presidente do Conselho das Escolas veio juntar-se à mesa, pedindo escusa para se sentar.
MLR está só. Nunca mais sairá do Gabinete em visita às escolas sem sobressalto.
Até os inspectores dizem que este modelo de avaliação de desempenho é inexequível.
Ao sair desligue o interruptor, s.f.f
Reitor

"Fraquezas, tentações e erros que estão, agora, a pagamento"

Excelente texto de Maria José Nogueira Pinto no JN:

Também não vale a pena querer, no ponto em que nos encontramos, dividir simplisticamente a questão entre aqueles que querem avaliar e aqueles que não querem ser avaliados. Num país onde quase nada é avaliado, onde quase ninguém sofre as consequências dos seus actos (excepto os pobres diabos...), onde se pode deixar, impunemente, falir bancos cuja nacionalização parece um branqueamento, onde a má gestão pública e a incompetência dos decisores políticos não é sequer quantificada economicamente, onde os prémios e outros "estímulos" são assumidos como complementos salariais e as despesas de representação servem para pagar hábitos caros, parece aconselhável falar de avaliação com menos retórica e mais bom senso. Leia mais...

Uma verdadeira Senhora.
Reitor

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Jardim=1 - Sócrates=0

O governo regional da Madeira decidiu administrativamente, por portaria, avaliar
com “bom” os professores em exercício no arquipélago.

Ponham os olhinhos no AJ Jardim e aprendam a fazer uma avaliação simplificada, como a que foi feita em Julho/2008 aos contratados e, inevitavelmente, será feita a todos os professores em Julho/2009.

Reitor

Só Temo Que a Proximidade Te Contagie...

"Mas o caminho seguido foi outro e revelador do verdadeiro projecto político deste Governo. As suas intenções nunca foram premiar o mérito ou a excelência, mas sim espartilhar horizontalmente a carreira docente e bloquear artificialmente a progressão da maioria dos seus elementos".

Excelente peça do Paulo Guinote.
Numa primeira abordagem, discordo:
1 - Do peso excessivo (entre 50 a 70%) da "prova"
2 - Da composição do Júri: pelo menos o representante da comunidade educativa está a mais
3 - Neste modelo proposto, a avaliação interna deveria ser da responsabilidade exclusiva do Director

Cuidado com as proximidades ao PS. Pode-te pegar a doença... ;-)

Reitor

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Dissimulado, Hipócrita, Fingido, numa palavra: NOJENTO

Os Professores e Governo terão as suas razões quanto ao método de avaliação, mas os nossos filhos não podem servir de lastro a uma evidente falta de diálogo. Como muito bem sugeriu o antigo bastonário da Ordem dos Advogados – Dr. José Miguel Júdice – arranjem-se mediadores que aproximem as partes e ponha cobro a esta paragem no tempo.


Reitor

O Contra-Ataque

Disse o Ramiro que os PCEs do Norte estão a ser atacados pela Margarida "Moça de Recados Moreira".
Como é costume, a Magui vai espremê-los tanto que não lhes vai caber um feijão no...
E eles, os PCEs, com samicas de caganeira nas cuecas, irão pressurosos e medrosos, tentar espremer os professores para que desistam das tomadas de posição e das moções que têm aprovado.
Filme já visto.
O contra-ataque a esta estratégia "imprópria de um titular da pasta da educação e incompatível com uma cultura democrática" deve ser feito por quem pode: pelos Professores que estão nos Conselhos Gerais Transitórios.
Explico melhor.
É tempo, é mais que tempo, de os professores que estão nos CGTs fazerem ver aos PCEs que, ou se põem do lado deles ou levam manguito quando se candidatarem ao cargo de Director.
O cheiro a samicas vai continuar a fazer-se sentir nas escolas. Mas, os PCEs que se têm esquecido de que o são porque foram eleitos pelos professores vão colocar, como sempre fizeram, os seus interesses pessoais à frente dos interesses do "trio maravilha", seguindo a velha máxima "só não as suja quem não as usa"
Reitor

"Professores na rua ou a senhora para casa"

...Excelentes professores, esses sim, que deram uma vida à escola, profundamente desmoralizados, estão a pedir a aposentação antecipada. Com penalizações substantivas, nas suas pensões de reforma, vão para casa. Não seria mais económico, e mais sensato, mandar para casa apenas uma senhora? Quem diz para casa, diz para a universidade. Claro. Para exercer na plenitude a sua vocação autoritária, perdão, a sua autoridade... científica!


José Alberto Quaresma

Reitor

Não háverá engano?


"... existem já 20 mil professores avaliados, tendo 1.400 sido considerados "muito bons e excelentes

Uma mentira pegada.

Reitor

Porque Olham Para o Lado? Estamos a Falar Convosco!

"Pergunto: como é possível que os professores do básico e secundário que integram o CCAP ainda não tenham apresentado a demissão"?

Boa pergunta Ramiro.
Vi que não os identificou directamente.
Pelo que percebo, não os citou para não os afrontar. Pensando que assim não se sentirão pressionados a fazer o que se espera deles.
É uma estratégia. Talvez dê resultado.
Como eu não tenho esse compromisso, nem eles passam por aqui para me ler, presumo, vou destapá-los mais um pouco...

Aqui estão os representantes directos e indirectos de cerca de 140.000 professores no CCAP:
Em exercício efectivo de funções na educação pré -escolar ou nos ensinos básico e secundário:
Arsélio de Almeida Martins, professor titular de Matemática da Escola
Secundária com 3.º Ciclo de José Estêvão, em Aveiro;
Jorge Manuel Horta Trigo Mira, professor titular de Educação Física,
da Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa;
José Joaquim Ferreira Matias Alves, professor titular de Português, (Renunciou)
da Escola Secundária de Gondomar; em Gondomar;
Maria João Alves Ferreira Guerra Mexia Leitão, professora titular de
Física, da Escola Secundária de Pedro Nunes, em Lisboa;
Mário José de Jesus Duarte Silva, professor titular do 1.º ciclo do
quadro da Escola EB1 Várzea de Sintra, do Agrupamento de Escolas
D. Carlos I, em Sintra.
Indicados pelas associações pedagógicas e científicas de professores
Ludgero Paula Nobre Leote, professor titular de Electrotecnia, da
Escola Secundária Emídio Navarro, em Almada, em representação
da Associação Nacional de Professores de Electrotecnia e Electrónica
(ANPEE);
Matilde Lopes Oliveira Azenha, professora titular de Biologia e Geologia,
do Agrupamento de Escolas de Soure, em representação da
Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia (APPBG);
Maria Cristina Valente Bastos Dias, professora de Inglês, do quadro
de nomeação definitiva da Escola Secundária Rodrigues de Freitas, no
Porto, em representação da Associação Portuguesa de Professores de
Inglês (APPI);
Maria Helena Oliveira Ângelo Veríssimo, professora titular de História,
da Escola Secundária José Afonso, em Loures, em representação
da Associação de Professores de História (APH);
Alexandra Castanheira Rufino Marques, educadora de infância do
Agrupamento de Escolas da Apelação, em representação da Associação
de Profissionais de Educação de Infância (APE

Indicados pelo Conselho das Escolas:
Fernando Paulo Mateus Elias, presidente do conselho executivo do
Agrupamento de Escolas de Colmeias — Leiria;
José Alberto de Queirós Ramos, presidente dos conselhos executivo,
pedagógico e administrativo da Escola Secundária João Gonçalves
Zarco, em Matosinhos;
Rogério Conceição Bacalhau Coelho, presidente dos conselhos executivo,
pedagógico e administrativo da Escola Secundária de Pinheiro
e Rosa, em Faro.

Descolem dos bancos, por favor.
Ergam-se e abandonem essa coisa.
Olhem-se ao espelho.
Façam boa figura.
Reitor

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

"Deixa-me rir, essa história não é tua..."

"Sempre defendi uma alteração significativa ao modelo em vigor no sentido de o tornar factível, económico, instrumental e acessório até ao final deste ano lectivo.
Foi isso que fiz no CCAP. E isto teria sido possível se se tivesse feito até ao início do ano lectivo. Neste momento esta hipótese já não é viável porque praticamente ninguém a aceita. Tenho pena que o Ministério tenha ido, nesta matéria, sempre a reboque dos acontecimentos e sempre obrigado a reagir face aos gritos da realidade
"

Se não sabiam, ficam a saber: o professor dos afectos defendeu uma "alteração significativa ao modelo em vigor"!
"Foi isso que fiz no CCAP", diz o nosso amigo!
Ah! Pois!
Ó JMA, como foi que votaste as recomendações que a Conceição fez, abusivamente, em nome do Conselho Coordenador da Avaliação de que vieste a fazer parte?
Ora diz lá, votaste contra?
- NÃO.
Ai sim! Podemos dizer então que a tua primeria tarefa no CCAP foi dar o aval ao modelo de avaliação que agora criticas e "carimbar" a asneira que a Conceição tinha feito a mando do Pedreira!
Aposto, singelo contra quadruplicado, que votaste a favor da 1ª recomendação do CCAP!
Ora, diz lá, que alterações propuseste ao modelo de avaliação em vigor, enquanto estiveste no CCAP?
- Bem, pois, sim, estão nas recomendações 2, 3, 4 ...
Não digas mais nada JMA. Ainda vamos ficar a pensar que começaste a descolar do Governo quando te cheirou a chamusco...
......
Pois é , pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer Segunda-Feira
Reitor

Esta Senhora Não Quer Saber da Avaliação Para Nada

Uma manifestação memorável.
Dezenas de milhar de professores na rua.
Uma ministra, nitidamente a dar as últimas, vem à TV falar da manifestação ainda a dita não tinha saído do Terreiro do Paço.
Os professores na rua, em Lisboa, e a corajosa Ministra vai refigiar-se no Porto, nas improváveis instalações da DREN, acolitada pela Margarida "Moça de Recados" Moreira.
Só por desespero pode uma Ministra da Educação prestar declarações antes dos manifestantes que a contestam na rua.
Só por falta de cultura democrática e cegueira política pode uma Ministra da Educação fazer uma discurso que coloca os professores - que dela dependem - na situação de bonecos comandados por sindicatos, de arruaceiros e subversivos agentes comunistas.
Que ninguém se iluda: Esta senhora não quer saber da avaliação do desempenho do pessoal docente para nada; esta senhora não quer saber se a avaliação é justa ou injusta; se é parcial ou imparcial, se defende o interesse público ou se o posterga; se respeita ou ofende as regras do Estado de Direito; se as escolas a fazem ou não fazem, se os professores são avaliados ou não. Nada disto.
A senhora não quer saber destas questões menores.
A senhora tem apenas uma preocupação: que o ing. Sócrates, o Partido Socialista e os Boys não percam votos.
Para a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, que "não é de desistir", só uma coisa interessa: Que ninguém diga que recuou, que ninguém fale em supensão, muito menos em revogação.
No Porto, lá no buraco onde se meteu com a Margarida, Maria de Lurdes Rodriugues disse tudo:
As escolas que não compliquem. Que resolvam os problemas, que desburocratizem, que simplifiquem, em suma que façam o que quiserem e como quiserem - tal como em Julho -mas não chateiem nem digam que não há avaliação.

Avaliação para melhorar a qualidade das escolas e do serviço?
Para premiar o mérito?
Para diferenciar desempenhos?
Como instrumento de gestão?
Qual quê?

Maria de Lurdes não quer saber disso para nada.
É o lugar dela que é preciso preservar.
São os votinhos que o aparelho chuchalista a acusa, diariamente, de roubar ao Partido.
Não há recuo possível. Por isso, da parte do Governo, que ninguém espere nada. Haverá avaliação a todo o custo.
Um monumental engodo! Uma bosta!
Uma autêntica falsificação material! Um farsa!
Que seja.
A bruxa nunca dirá que não há avaliação.
Preferirá ter um malezinho de pele...
Reitor